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Cidades

MS diminui em 3% casos declarados de dengue, apesar do aumento em 2015

Lúcio Borges e Filipe Prado | 02/06/2015 20:49
Gilmar Lemes, operador de produção, avalia o vai e volta dos números. (Foto: Fernando Antunes)
Gilmar Lemes, operador de produção, avalia o vai e volta dos números. (Foto: Fernando Antunes)

Mato Grosso do Sul mostra que este ano, apesar dos 24.003 casos suspeitos de infecção pelo vírus da dengue em 57 municípios com alta incidência, a doença não se alastrou e conseguiu até uma diminuição de 3% nos casos declarados em comparação aos dados do ano de 2013. Há dois anos, 20,8% da população do Estado, 526 mil pessoas disseram já ter tido dengue alguma vez na vida, apontava a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde). Em 2015, considerando o diagnóstico feito por médico, o percentual da população que se referiu a dengue em MS, se reduziu para 17,8% (451 mil pessoas). O número coloca o Estado na 7ª maior proporção do país.

Apesar da diminuição registrada, o alto número novamente este ano, é sentido no dia a dia da população, que já passou pela doença ou conhece alguém que esteve com a enfermidade. “Parentes, vizinhos, colegas, muitos já tiveram. Não fico surpresa quando fico sabendo, já até acostumei”, diz Cristina Gonçalves, 36 anos, que completa apontando as razões “uns limpam e outros sujam”.

A não surpresa da jovem ratifica os números divulgados na última quinta-feira (28) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), que com os 24 mil casos, coloca 2015 em segundo lugar em número de casos suspeitos da doença, nos últimos seis anos. O recorde ainda está em 2013, quando 102 mil pessoas apresentaram os sintomas de infecção pelo vírus.

Para Gilmar Lemes, 39 anos, operador de produção, o vai e volta dos números e principalmente da ação do mosquito Aedes Aegypti tem origem na ainda falta de consciência da própria população. “Nunca tive está doença, mas minha família sim, umas seis pessoas. Nós vemos pela TV que a situação está ruim, que há campanhas. Mas a culpa é das pessoas ou parte de ‘sujismundos’, que não fazem a parte delas, deixam água parada, jogam lixo na rua e o mosquito faz a festa nos que não tem nada ver”, diz.

“Conheço muitas pessoas que teve dengue. Mas hoje, a culpa já é praticamente da população. Não adianta nada falar sobre sujar os terrenos dos outros. O dono, a prefeitura vai e limpa, e logo em seguida já sujam de novo. Tem até casa que é um horror. E vai me dizer que não sabe”¸ aponta Cintia Alves dos Santos, 25 anos.

Números

O MS é o 7º maior em proporção do país, sendo a maior em Roraima com 28,2% e a menor Rio Grande do Sul com 0,2%, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que é uma pesquisa de base domiciliar, de âmbito nacional, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de 2013.

No Estado, com 1.279 novos casos de dengue na última semana, chegou-se a 57 o número de municípios Sul-mato-grossense com alta incidência de dengue. Os números estão no relatório da doença divulgado nesta quinta-feira (28) pela SES. Foram registrados ao todo 24.003 casos suspeitos de infecção pelo vírus.

Não houve alteração com relação ao número de óbitos. Oito pessoas tiveram a dengue como causa confirmada das mortes, sendo duas em Sonora e uma em Corumbá, Campo Grande, Dourados, Juti, Paranhos e Três Lagoas.
O Estado continua investigando três óbitos, sendo um em Aparecida do Taboado, outro em Campo Grande e o terceiro em Maracaju.

A Capital lidera o ranking de notificações nos municípios com alta incidência, já que teve 4,7 mil casos suspeitos este ano, conforme o levantamento da secretaria. Na sequência vem Amambaí, com 1.340 casos, seguida por Três Lagoas, com 1.472 notificações.

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