Preso da Lama Asfáltica ainda espera desembargador julgar habeas corpus
Beto Mariano se entregou à PF no dia 9 de março, junto com João Amorim, Edson Giroto e Flávio Scrocchio
Enquanto o empresário João Amorim, o ex-deputado federal e ex-secretário de Infraestrutura Edson Giroto e o cunhado dele, Flavio Scrocchio, estão em liberdade, o servidor estadual e pecuarista, Wilson Roberto Mariano, o Beto Mariano, continua no Centro de Triagem Anísio Lima.
Ele está preso desde o dia 9 de março, quando se entregou à PF (Polícia Federal), e aguarda julgamento de habeas corpus.
O advogado Hilário de Oliveira, que representa Mariano, espera que o desembargador federal Paulo Fontes deva analisar o pedido de liberdade ainda nesta quinta-feira (22). O defensor disse acreditar que o cliente será libertado. “O entendimento deve ser o mesmo”, explicou, citando os habeas corpus dos outros três presos.
Beto Mariano virou alvo da Lama Asfáltica em 2016 por ter Giroto como sócio na compra de fazendas. A PF e o MPF (Ministério Público Federal) consideram ainda suspeita a evolução patrimonial do servidor, que atua como fiscal da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
Mariano também já foi deputado estadual e prefeito de Paranaíba.
Trâmite judicial - Amorim, Giroto, Scrocchio e Mariano estavam em liberdade desde junho de 2016. Mas no dia 6 de março, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que os mesmos voltassem para a prisão.
Na segunda-feira (19), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinou novamente a soltura de Amorim, Giroto e Scrocchio, 11 dias depois que os quatro alvos da Operação Fazendas de Lama, a 2ª fase da Lama Asfáltica, se entregaram à PF. O trio deixou o Centro de Triagem na terça-feira (20).
No entendimento de Paulo Fontes, seguido pela maioria da 5ª Turma do TRF3, os acusados cumprem há mais de um ano e meio medidas cautelares alternativas “sem que tenha havido notícias de reiteração delituosa ou tentativa de fuga”.
A operação - A Lama Asfáltica investiga desvios de verbas em obras do governo estadual na gestão de Puccinelli. A Fazendas de Lama apurou a compra de propriedades rurais, em nome de laranjas, com o dinheiro supostamente desviado.