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Cidades

Um ano após primeiros casos de zika, mães comemoram saúde dos bebês

Christiane Reis e Anahi Zurutuza | 09/11/2016 07:42
Thays Lima e a filha Maria Clara. ( Foto: Arquivo Pessoal)
Thays Lima e a filha Maria Clara. ( Foto: Arquivo Pessoal)

Há quase um ano, gestantes que tiveram o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypit, comemoram a saúde dos filhos. Após o susto do diagnóstico e da preocupação durante o período de gestação, por conta de casos de microcefalia estarem associados ao vírus, elas aproveitam cada minuto da maternidade. “Ela é perfeita, não teve nenhum problema, sequela nenhuma”, disse a autônoma Thays Rocha Lima, 26, ao falar da filha, Maria Clara, que nasceu no dia 02 de setembro deste ano.

Quem também teve de lidar com a insegurança de estar com uma doença, ainda não muito conhecida pelos médico, foi a dona de casa Lívea Maria de Almeida, 36 anos. Ela mora em Rio Verde e até que se fechasse o diagnóstico foram idas e vindas até a Capital. No dia 26 de julho, Maria Cecília nasceu trazendo tranquilidade e alegria à família . “Ela é a alegria da casa”, conta.

A advogada Izabel Cristina Ribeiro de Oliveira, 42 anos, também comemora a saúde do pequeno José Felipe, que nasceu no dia 16 de fevereiro. “Meu bebê é super saudável, não teve nenhuma intercorrência por conta do zika vírus”, disse, ao falar do primeiro filho.

Izabel Cristina com José Felipe. (Foto: Arquivo Pessoal)
Izabel Cristina com José Felipe. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lívea de Almeida e a filha Maria Cecília. (Foto: Arquivo Pessoal)
Lívea de Almeida e a filha Maria Cecília. (Foto: Arquivo Pessoal)

Medo – Preocupação por conta da idade, e também da própria ocorrência do zika vírus, por estarem diante de uma doença até então desconhecida. Diante dos sintomas, elas chegaram a confundir com possíveis alergias.

“Eu tinha comprado um creme novo e coincidiu de na mesma época aparecer as pintas na barriga. Pensei que fosse alergia do creme, mas dois dias depois eu tinha médica marcado e ela já desconfiou do zika. É muito importante ter um bom médico e fazer o pré-natal rigorosamente”, orientou Izabel de Oliveira.

Thays Lima também conviveu com a dor da angustia. “Eu sabia que era alguma coisa, porque eu nunca tive alergia, quando peguei o resultado só sabia chorar. Ficava imaginando coisas. Rezava muito para ela ser saudável”.

No caso de Lívea de Almeida, quando o diagnóstico veio o desespero veio junto. “Era uma doença nova, não havia muita informação. Fazia o acompanhamento em Campo Grande. Não dormia mais, a vida era só chorar”, contou. Aliviada, ela conta que o bebê nasceu com perímetro encefálico de 35 centímetros, “abaixo de 32 é microcefalia”, conta Lívea de Almeida.

A médica infectologista, Andréa de Siqueira Campos Linderberg, falou da importância do acompanhamento dos bebês. “É ainda um vírus que causa preocupação, precisamos de um acompanhamento a longo prazo para saber quais os problemas que pode causar ou não, a questão do perímetro encefálico é um deles”, disse. Em um primeiro momento é importante acompanhar o bebê nos dois primeiros anos, todos os meses e depois as visitas ao médico podem ser mais espaçadas.

Conforme Boletim Epidemiológico, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), com data de 19 de outubro de 2016, eram 339 casos de zika vírus confirmados no Estado. Em Campo Grande, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foram confirmados 155 casos este ano. Os dados foram atualizado no dia 03 de novembro.

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