ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, SEGUNDA  15    CAMPO GRANDE 31º

Em Pauta

Ameaça cardíaca na mulher: infradiagnosticada e infratratada

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 15/09/2025 06:16
Ameaça cardíaca na mulher: infradiagnosticada e infratratada

A história desse olhar vesgo da medicina começa nos anos setenta do século passado. Uma gigantesca pesquisa norte-americana - “Multiple Risk Factor Intervention Trial”- avaliou nada menos de 325 mil homens. Todos brancos. Nenhuma mulher e nem outra cor de pele humana. Quase 13.000 desses homens foram identificados como de alto risco e lhes ofereceram estratégias de prevenção. Daquele estudo, resultaram dezenas de publicações, produzindo uma base sólida sobre os riscos e a prevenção cardiovascular. O ensaio foi apelidado de “Mr. Fit”, algo como “ homem em forma”.


Ameaça cardíaca na mulher: infradiagnosticada e infratratada

Depois da menopausa….

As enfermidades cardíacas até pouco tempo foram consideradas coisa de homens. Em parte, é certo. Todavia, hoje sabemos que as mulheres também tem alto risco depois da menopausa. O risco chega a ser superior ao dos homens depois dessa mudança hormonal radical. O agravante é que elas não sabem disso. Para piorar, alguns médicos também não aprenderam nas escolas o risco cardiovascular feminino pós-menopausa.


Ameaça cardíaca na mulher: infradiagnosticada e infratratada

Sinais de alerta desconhecidos.

Um recente estudo britânico - “OMRON Healthcare”- revelou que, ainda que 50% das mulheres com alguma enfermidade cardíaca tenham sentido sinais de alerta, como palpitações e dificuldade de respirar, a maioria delas não consultou um médico. Acreditavam que era algo próprio da menopausa e que não tinha importância. Esse é o tema principal do Congresso Mundial de Cardiologia que está ocorrendo nestes dias. Como acontece com os homens, as enfermidades cardíacas são a primeira causa de mortes em mulheres. Há muita falta de diagnóstico e elas não são tratadas.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.