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Em Pauta

Deixe de se comportar como o “Titanic”, a saúde do idoso

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 25/04/2025 07:30
Deixe de se comportar como o “Titanic”, a saúde do idoso

Às 21:30 horas daquela noite fatídica, o enorme navio a vapor recebeu uma mensagem urgente de outra embarcação avisando que ele estava indo em direção a um campo de icebergs. A mensagem foi ignorada. Mais de uma hora depois, outro navio emitiu pelo telégrafo uma alerta de iceberg na trajetória do navio. O operador de comunicação do Titanic respondeu (em código Morse): “Sai daqui; cala a boca”. Havia outros problemas. O navio viajava a uma velocidade alta demais para uma noite de nevoeiro com pouca visibilidade. Embora houvesse binóculos a bordo, eles estavam guardados e ninguém tinha a chave. O vigia, assim, só podia contar com seus olhos nus. Todo mundo sabe como a história acaba. Você se comporta como a tripulação do Titanic quando se trata de tua saúde? Não se importa com os sinais que teu corpo 90% das vezes emite, avisando que algum perigo se aproxima?


Deixe de se comportar como o “Titanic”, a saúde do idoso

E se o Titanic tivesse radar, sonar e GPS?

Mas e se o Titanic tivesse radar e sonar? Eles só foram desenvolvidos quinze anos depois do acidente. Ou, melhor ainda, GPS e imagens de satélite? Em vez de tentar cruzar o labirinto de iceberg fatais, torcendo por um milagre. Isso é o que os capitães de navios dispõem hoje. Tecnologias que tornaram os naufrágios como o do Titanic uma coisa do passado. O problema é que as ferramentas da medicina não permitem ver muito além do horizonte. Os “radares”, por assim dizer, da medicina não são tão poderosos como os dos navios.


Deixe de se comportar como o “Titanic”, a saúde do idoso

Longo alcance.

Apenas um exemplo. Os estudos sobre o uso das estatinas na prevenção de doenças cardíacas abrangem de cinco a sete anos. Mas uma doença cardiovascular pode levar décadas para se desenvolver. A medicina do idoso prega que você, com mais de cinquenta anos, deve se preocupar com o risco cardiovascular que terá daqui a vinte anos. Portanto, a medicina precisa desenvolver ferramentas de longo alcance, muito maior que as disponíveis atualmente. Precisamos de radares, GPS, imagens de satélite e tudo mais. Não apenas uma foto, como atualmente. Mas a medicina do idoso moderno tem duas mãos. Você tem de deixar de se comportar como um passageiro do Titanic, deixar de ser passivo. Precisa estar bem informado, ter um grau razoável de alfabetização em medicina, ter uma visão clara da verdadeira natureza do risco. Você precisa ter um papel ativo e encarar os problemas que, com 100% de certeza, logo mais aparecerão. É a tua pele que está em jogo!

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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