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Em Pauta

Lula e Bolsonaro despontam na pesquisa eleitoral

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/02/2017 07:49
Lula e Bolsonaro despontam na pesquisa eleitoral

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou uma pesquisa eleitoral que coloca Lula em primeiro lugar em todas as simulações (acima de 30%). A segunda posição traz empate técnico entre Marina, Bolsonaro e Aécio ou Alckmin (próximos a 10%). Nesse momento, as diferenças percentuais de 2% ou 3% não são importantes.

A pesquisa é mais uma que corrobora o que todos sabem. Lula está e continuará no primeiro posto, apesar de todo o cerco que existe. Marina também permanecerá bem colocada, mesmo com o total descrédito que os políticos tem de sua candidatura. A dupla de tucanos - Aécio e Alckmin - também permanecerá bem posicionada nas pesquisas até a convenção do PSDB. A diferença está com Bolsonaro.

Lenta e paulatinamente, Bolsonaro vem crescendo nas pesquisas. Tem um amplo espaço para crescer ainda mais. É bem provável que venha a tirar os votos de Marina. São votos desconectados das organizações partidárias. Ambos pertencem a partidos diminutos em tamanho, e insignificantes em atuação. Ambos são "vestais populistas". Apostam na destruição das estruturas políticas existentes. Ambos não dispõem de adeptos organizados. Também os une o discurso agressivo ligados aos costumes - aborto, gays, ecologia e assemelhados. Mas são fragilíssimos nos grandes temas que um candidato a presidente tem de enfrentar: não sabem o que fazer com a economia do país.

Como não sabem como governarão com um Congresso que não será muito diferente do que hoje existe, como populistas, acreditam prescindir dos parlamentares. Mas há um fator que corrói ainda mais Bolsonaro e Marina - o tempo de televisão. Eles só aparecerão na televisão para dizer: "Meu nome é Bolsonaro ou Marina". Por enquanto, apesar de tudo, a verdadeira e real disputa está entre Lula e um tucano. O quadro eleitoral só mudará com hecatombes do tamanho de prisões ou de uma radical reforma eleitoral. Aos trancos e barrancos o país começa a sair da recessão. Esse fator reordenará a proeminência do petismo x tucanismo que vem se eternizando no Brasil.

Lula e Bolsonaro despontam na pesquisa eleitoral

Um governo do qual não se esperava nada

A mesma pesquisa (CNT) que mostrou o crescimento de Lula e de Bolsonaro, mostra Temer com 10% de bom governo. Antes de mais nada, é melhor termos algum governo (o de Temer) do que nenhum (o segundo mandato de Dilma). Mas Temer não será candidato e, provavelmente, nem mesmo lê pesquisas eleitorais.

Da tragédia provocada pela mais longa recessão de nossa história, O Brasil dá sinais de que pode sair da crise, que já dura três anos. As bases para o retorno de um crescimento equilibrado (e pequeno), com chances de se manter no tempo, estão sendo criadas por um governo do qual não se esperava nada.

Uma das boas novidades é que o mundo está voltando a crescer. Os indícios são de uma recuperação cíclica, após quase dez anos de recessão em países importantes. É a primeira vez que a economia mundial cresce de forma um pouco mais coordenada. E por incrível que pareça, quem comanda e defende a organização do capitalismo é a China. Os riscos existem, o principal deles é: "o que Donald Trump fará de muito errado nos Estados Unidos?" Em contrapartida, a China dá claros indícios de que está novamente acelerando. O impacto desse crescimento já se vê nos preços das commodities. Apenas em 2017, a tonelada de ferro subiu quase 17%. Os ventos suaves de crescimento só vão se tornar ciclones de retrocesso se Trump, o inacreditável presidente dos EUA, cumprir as promessas de campanha.

Agora, a situação da economia internacional é insuficiente para nos tirar da recessão. Os riscos brasileiros são: Temer desistir das reformas propostas, o núcleo da administração cair na justiça e se o presidente for alvejado no coração pelas delações. O fato é que, a oportunidade de as coisas darem certo é razoável. Enfim, respiramos sem máquina. E sem ódios.

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Cidades europeias implantam semáforos com casais homossexuais

Em Viena, na Áustria, instalaram em maio de 2015, 47 semáforos com casais hetero e homossexuais, abraçados e de mãos dadas. O argumento era o de mostrar a abertura da cidade para a tolerância. Era temporal. Depois, a municipalidade decidiu mantê-los. Os partidos de oposição rechaçaram a ideia, mas os semáforos permaneceram nas ruas.

Outras cidades austríacas, como Linz e Salzburgo, adotaram a iniciativa. A ideia ultrapassou as fronteiras. Munique, na Alemanha, também adotou os semáforos com hetero e homossexuais. Em Londres, instalaram 50 semáforos como esses nas imediações da praça Trafalgar (centro da cidade).

A ideia era homenagear o desfilo do orgulho gay, mas os semáforos permaneceram mesmo após a parada. Agora foi a vez de Cádiz, na Espanha, uma cidade de menos de 100 mil habitantes. Acabam de instalar 10 semáforos, cinco deles com casais gays.

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