O papel da atitude familiar, a última descoberta no processo de envelhecimento
A única maneira de viver muitos anos é envelhecendo. Todavia, as vezes envelhecer é visto como algo indesejável, inclusive como uma enfermidade que temos de curar. O problema é que ninguém sabe como fazê-lo. Apesar disso, o envelhecimento a nível celular tem avançado muito nos últimos anos. Um dos principais centros de estudo dessa área é o Instituto Einstein para a Investigação do Envelhecimento em N.York. Espera-se dele, nos próximos meses, o resultado de um ensaio clinico com pessoas centenárias para tentar desentranhar as chaves do por quê umas pessoas envelhecem pior que as outras. As primeiras notícias sobre essa pesquisa colocam a “genética privilegiada” no topo dos fatores que determinam como o envelhecimento ocorrerá.
Três médicos me disseram para não fumar, os três estão morto.
Há um fator programado que é a genética. Os que vem de família centenária podem comer alimentos de má qualidade todos os dias e fumar o que quiserem, porque tem bons genes. Alguns responderam à enquete do Instituto se algum médico não lhes havia pedido para parar de fumar e a resposta média foi: “pediram, mas não atendi“ Uma delas disse que três médicos tinham lhe pedido, os três estão mortos.
Envelhecimento está programado?
Há bastante tempo os cientistas pensam que todo nosso desenvolvimento está programado. Desde que nascemos, a infância, a puberdade, inclusive o final da vida fértil da mulher estaria programado. A velhice também estaria programada. Isso estaria a serviço da espécie, para permitir a renovação. Mas a nova é que a imensa maioria dos cientistas passaram a considerar que o envelhecimento não está programado. Por isso, não pode ser “hackeado”. Caso o Instituto Einstein comprove essa teoria, será uma péssima noticia para o envelhecimento.
Os medicamentos mais promissores.
Não há, no momento, nenhum medicamento aprovado especificamente para prolongar a longevidade. O primeiro estudo, chamado TAME, talvez aprove a metformina, um fármaco criado para a diabetes. Em Cingapura começarão a estudar a “acarbosa”. E também estudam a “rapamicina”, usada como imunossupressor, por seu possível benefício ao reduzir a inflamação crônica associada ao envelhecimento.
A atitude familiar positiva no processo de envelhecimento.
Há muito falam em exercícios, dieta, dormir (ninguém dorme neste país) que é algo democrático e gratuito. Agora, a medicina vem indicando dois novos componentes que não davam muita importância que é o bom relacionamento social, a manutenção de amizades, e o ultimo fator é a atitude familiar. Dizem os cientistas que a atitude familiar pode ser vista em laboratório. Parece que há uma correlação com as endorfinas. Uma atitude familiar positiva libera mais endorfinas nos seus membros. Uma família positiva, que passe o que passe, sempre enfrenta as adversidades, tem melhores chances de um envelhecimento mais saudável.
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