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Manoel Afonso

Eleições municipais sem influência nacional

Por Manoel Afonso | 27/10/2023 09:05

RASGANDO A SEDA: Vivemos outros tempos no legislativo estadual. Os elogios ao governador Eduardo Riedel (PSDB) tem sidos constantes, também vindos da bancada do outrora raivoso PT. Assim, a "política de São Francisco de Assis", praticada por Lula junto ao insaciável ‘Centrão’ é reeditada aqui com resultados esperados. É dando que se recebe. 

BELEZA: Repercute bem na classe política e junto à opinião pública a iniciativa do Governo Estadual de conceder remuneração mensal aos cuidadores (de baixa renda) de pessoas com deficiência.   O projeto que tramita na Assembleia Legislativa objetiva a melhoria da qualidade de vida das pessoas fragilizadas pela pobreza e exclusão social.

INÉDITO: Pioneiro no Brasil o nosso Governo mostra sensibilidade ao se preocupar com as duas mil pessoas no MS que por várias situações necessitam de cuidadores que receberão benefício social de R$900 por mês. O trabalho em andamento dará a visão do drama que atinge tantas pessoas e famílias. Parabéns ao governador cuidando das pessoas.  Isso conta!

RETRATOS: A bancada do PSDB caiu de 54 para 13 deputados federais. MS tem hoje a maior bancada estadual com 3 representantes. Já se sabe que os deputados tucanos Jamilson Name, Mara Caseiro e Pedro Caravina devem concorrer à Câmara Federal. Pelo andar da carruagem, haverá sim espaços para novos nomes.

SABIDO: Respondendo ao colunista, Reinaldo Azambuja até admite o estigma de elitista que o PSDB carrega, mas faz duas ressalvas: primeira - essa fama não se enquadra ao nosso estado onde a sigla tem a maioria das prefeituras – segunda – todos os programas sociais foram criados no governo de FHC e depois apenas rebatizados pelo Governo do PT.

CONFRONTO: Na eleição do diretório tucano foi dada a senha da posição do PSDB quanto às relações com a prefeita Adriane Lopes (PP). Aconteceram críticas à atual gestora e, com isso, zerou a chance de um possível acordo. Assim cada qual seguirá seu caminho. Ao leitor a recomendação de ficar antenado nos próximos capítulos. É o jogo.

ADVERTÊNCIA: A mídia tem mostrado a situação financeira humilhante de gente famosa em várias áreas de atuação. São pessoas que ganharam bem na época, mas que embriagadas pelo sucesso não foram previdentes, não se prepararam para o futuro e hoje vivem de favores financeiros.  Notícias que servem de alerta a muita gente por aí.

UTOPIA: Candidaturas desprovidas de lideranças realmente reconhecidas e com base somente nas bandeiras partidárias não costumam prosperar nas eleições municipais. O aviso serve igualmente para Lulistas e Bolsonaristas sem bagagem que se preparam para tentar surfar nesta onda em 2024. Transferir prestígio usando o PIX não funciona.

SEPARAÇÃO: O discurso no pleito municipal não comporta abordagem de temas nacionais. A opinião pública estará antenada às propostas para o hospital, as sonhadas pontes, as casas populares, o asfalto, no colégio, novos cursos e outras melhorias. Além de político, o candidato precisa ser coerente entre a promessa e a sua capacidade e preparo. Fora disso é 171.

ESCOLA? Observo que alguns vereadores do interior brilham os olhos ao assistir as sessões da Assembleia Legislativa. Injeção de ânimo em suas pretensões. Mas há de verificar a distância entre as duas realidades. Apenas a empolgação sem conteúdo não prospera. A influência das redes sociais com o ‘maledetto’ celular será arrasador.

AOS NAVEGANTES: Esqueçam o cumpadrismo do passado, os favores e os avais prestados, os laços familiares dilacerados pelos interesses de cada um de seus membros. Há dois tipos de eleitores: os sérios, exigentes que comparam os perfis dos candidatos, e aqueles céticos, que apostam na chance de levar algum tipo de vantagem pessoal.

NO BOLSO: Mais dúvidas que certezas. A reforma tributária é um mistério. Deve unificar impostos e beneficiar os mais pobres. Os estados (MT-MS) que produzem muito e consomem pouco seriam penalizados. Espera-se que a compensação pelas perdas seja compatível. Contra nós há força dos estados ricos consumidores e do Nordeste.

NÚMEROS: Em 2023 a arrecadação com impostos no MS baterá recorde. Nestes 9 meses foi de 81.05% do total arrecadado em 2022. De 2013 a 2023 quase triplicou (172%) em arrecadação com impostos. O ICMS é a maior fonte com 83,49% seguido com as taxas/contribuições - 7,47% do total. Depois vem o IPVA com 6,69% seguido do ITCD/ITCMD – 2,24% do bolo arrecadado.

ARGENTINOS: ‘Italianos que se imaginam ingleses e falam o espanhol. ’  São os vizinhos que merecemos. Quanto ao 2º turno presidencial, o quadro é surrealista: o povo cansado do paternal Peronismo disposto a votar num maluco. Da vaidosa e arrogante Argentina sobraram apenas o tango e o Messi. Nada mais!

DOURADOS: Vista como vitória política a absolvição pela justiça da deputada Lia Nogueira, acusada do crime de ameaça de morte. No fundo o episódio seria fruto das picuinhas e maldades que povoam o universo douradense. Enfim, de pouco adiantam as 4 universidades e os 202 cursos de graduação se Dourados não evolui politicamente.

DINÂMICA: Se a política é fruto dos avanços e conflitos sociais onde o homem está presente, não há como admitir que ela seja estática. Adversários ontem – companheiros hoje. Os protagonistas podem reavaliar sim os seus conceitos sem perda de dignidade e de outros valores junto a opinião pública. A política permite isso... e muito mais. 

POR ANALOGIA: Voltou o caso da troca do nome da cidade de João Pessoa para Parahyba, antiga denominação da capital da Paraíba. Não seria o caso de se debater a troca do nome da cidade de Rio Verde do Mato Grosso? Para o deputado Junior Mochi, representante da região,  é preciso que a Câmara Municipal inicie o movimento.  Mas pelo visto falta vontade política naquela cidade.

SABEDORIA DOMÉSTICA: 

 O pior cego é aquele que vê a louça na pia e não lava.    

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