Com rombo de 2,6 milhões, Apae suspende entrega de cadeiras de rodas e próteses
Associação informa que vem conversando com governo para solucionar a questão

A entrega de cadeiras de rodas motorizadas e próteses ortopédicas feita pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) está atrasada. A situação foi relatada por um leitor, que preferiu não se identificar, e confirmada pela entidade que alega motivos são variados, mas principalmente o aumento da demanda e as dificuldades de fluxo de caixa, sem relação com o ex-coordenador Paulo Henrique Muleta.
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A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) enfrenta atrasos na entrega de cadeiras de rodas motorizadas e próteses ortopédicas devido ao aumento da demanda e dificuldades financeiras. A instituição acumula R$ 2,6 milhões em produção não faturada em 2024, correspondente a 2.185 cadeiras de rodas já entregues. A entidade busca soluções junto às esferas federal, estadual e municipal para regularizar os repasses financeiros e preservar sua sustentabilidade. A Apae ressalta que os atrasos não têm relação com o ex-coordenador Paulo Muleta e que os pedidos são regulados pelo sistema público de saúde.
Em nota, a Apae afirma compreender a urgência e a importância dos equipamentos para a autonomia e a qualidade de vida das pessoas, mas reforça que os atrasos decorrem de limitações orçamentárias e administrativas.
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A instituição explica que gastou R$ 2,6 milhões com 2.185 cadeiras de rodas já entregues em 2024, contando com repasses de convênios, mas o dinheiro não veio. Outro ponto destacado é a produção extrateto, com pagamentos feitos de forma pontual, o que tornou a situação insustentável financeiramente ao longo do ano, alega a entidade..
Segundo a direção, enquanto enfrenta dificuldades de caixa, a Apae também lida com aumento expressivo da demanda, o que impacta nos prazos de entrega. “A Apae/CG tem adotado medidas para preservar sua sustentabilidade financeira, mas a conjuntura atual exige readequação urgente dos repasses por parte das esferas de saúde federal, estadual e municipal. Ressaltamos que não há qualquer relação entre os atrasos e questões envolvendo o ex-coordenador Paulo Muleta”, diz o comunicado.
A associação acrescenta que os pedidos são regulados pelo sistema público de saúde, sem interferência direta da entidade, e que mantém tratativas com as três esferas de governo para regularizar os repasses financeiros.
A denúncia enviada ao Campo Grande News alegava que os atrasos seriam resultado de uma “ordem” da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A Apae não confirmou essa informação. A Sesau foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não respondeu. O espaço segue aberto para manifestação.
*Matéria alterada às 17h50 para correção de informações.
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