Farmacêutico tem moto furtada e descobre que veículo estava no Detran
Proprietário ainda teve que pagar multa, taxa e reparos para conseguir retirar o veículo
O farmacêutico Wellington Pereira de Medeiros, de 44 anos, viveu uma verdadeira via-crúcis para recuperar a própria moto, uma Fazer 150 preta, roubada no último dia 12 de setembro, em Campo Grande. O veículo foi encontrado abandonado a duas quadras do seu serviço, foi levado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e ficou 11 dias no pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Farmacêutico recupera moto roubada após 11 dias no Detran. Wellington Pereira de Medeiros teve a moto roubada em Campo Grande e, após buscas, descobriu que o veículo estava no pátio do Detran. A moto foi encontrada abandonada, recolhida pela Agetran e levada ao Detran. Para retirar o veículo, Wellington precisou pagar multa por estacionamento irregular, guincho, diárias do pátio, além de trocar o pneu e a bateria da moto, totalizando quase mil reais. Ele critica a burocracia e os custos impostos à vítima, mesmo com o registro de roubo. Apesar do transtorno, Wellington comemora a recuperação da moto, mas diz estar receoso de usá-la novamente.
Wellington saiu de um plantão para outro na Santa Casa, onde trabalha das 18h às 6h. Ao deixar o serviço, em frente à Unidade de Trauma, não encontrou mais a motocicleta estacionada.
O que ele não sabia é que a moto havia sido levada para o Detran, após ser encontrada abandonada. Graças a um dispositivo de alarme que corta a ignição e aciona a sirene, o veículo foi abandonado ainda pela manhã do dia 12.
“Provavelmente roubaram a moto às 10h. O alarme cortou a ignição e a bateria descarregou. A Agetran multou o veículo e levou para o pátio do Detran, onde ficou desde o dia 12”, explica.
Ao procurar o órgão, Wellington foi informado de que não poderia retirar o veículo, já que ele constava com registro de roubo ou furto. “Me disseram que só a polícia poderia buscar a moto. Foi um vai-e-vem entre a delegacia e o Detran até provar que o veículo era meu”, relata.
Mesmo sendo vítima do roubo, Wellington só conseguiu liberar a moto após pagar taxas e se adequar às exigências do órgão.
“Disseram que eu só pegaria a moto se pagasse o guincho e as diárias. Eu sou vítima, não pedi para a moto estar lá. Ainda tive que arcar com multa de R$ 195, por estacionar longe da guia, e trocar o pneu traseiro, além de comprar uma bateria nova. No fim, foram quase R$ 1 mil de prejuízo”, desabafa.
Depois de cumprir um plantão puxado de 24 horas, Wellington se lembra do desespero ao não encontrar a moto. “Eu estava tão cansado que nem consegui reagir. Fiquei desorientado, procurando, apertando o botão do alarme sem resposta. Graças a Deus, recuperei, mas muita gente que passa por isso nunca mais encontra o veículo.”
Agora, ele diz ter medo de andar novamente com a moto. "Foi só dor de cabeça. Ainda dou graças a Deus por recuperar, mas até o Estado tentou tirar uma casquinha. Hoje eu tenho medo de sair com ela de novo", conclui.
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