Dólar sobe a R$ 5,32 e Ibovespa renova recorde com alta da Petrobras
Moeda americana avança após sinais de cautela nos juros nos EUA; bolsa cresce com impulso de estatal
O dólar à vista fechou em alta de 0,90% nesta quarta-feira (24), cotado a R$ 5,32. A valorização ocorreu após declarações do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, que indicaram cautela sobre cortes de juros nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,05%, aos 146.492 pontos, impulsionado pela alta de 2,55% nas ações da Petrobras.
RESUMO
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Dólar fecha em alta a R$ 5,32 com cautela sobre juros nos EUA; Ibovespa renova recorde. A valorização do dólar ocorreu após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que indicaram cautela em relação a cortes nas taxas de juros americanas. O índice da bolsa brasileira, por sua vez, subiu 0,05%, impulsionado pela alta de 2,55% nas ações da Petrobras. A alta do dólar reflete menor apetite por risco devido à inflação persistente nos EUA e sinais de enfraquecimento do emprego. Enquanto isso, a reunião entre os presidentes Lula e Trump, confirmada para a próxima semana, é vista como um sinal positivo para o mercado brasileiro. Bolsas globais fecharam mistas, refletindo diferentes respostas a sinais econômicos e políticos.
Na véspera, o dólar recuou a R$ 5,27, influenciado pelo discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na ONU. Ele afirmou ter tido “química excelente” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e confirmou reunião na próxima semana para tratar de retaliações comerciais. O comentário reforçou a alta do Ibovespa, que renovou seu recorde histórico.
O avanço da moeda reflete menor apetite por risco diante da inflação persistente nos EUA e de sinais de enfraquecimento do emprego. Jerome Powell informou que os riscos de curto prazo para a inflação estão inclinados para cima e os riscos para o emprego, para baixo. A criação de empregos caiu para uma média de 25 mil nos últimos três meses, abaixo do necessário para manter o desemprego estável.
O dólar acumula alta de 0,12% na semana, queda de 1,75% no mês e queda de 13,8% no ano. Já o Ibovespa apresenta avanço de 0,43% na semana, 3,58% no mês e 21,79% no ano. Esses números indicam que a bolsa mantém otimismo, mesmo diante da cautela global com juros e inflação.
O encontro entre Lula e Trump deve impactar relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Fontes do governo confirmaram a reunião, mas não detalharam se será presencial ou por telefone. Operadores de mercado interpretam a aproximação como sinal positivo para ativos locais e confiança em negociações futuras.
As bolsas globais fecharam mistas nesta quarta-feira. Nos Estados Unidos, Dow Jones recuou 0,37%, S&P 500 caiu 0,28% e Nasdaq perdeu 0,34%. Na Europa, STOXX 600 caiu 0,14%, CAC 40 recuou 0,57%, FTSE 100 subiu 0,29% e DAX avançou 0,23%, refletindo diferentes respostas a sinais econômicos e políticos.
Na Ásia, Xangai subiu 0,83%, CSI300 avançou 1,02% e Hang Seng teve alta de 1,37%. Tóquio subiu 0,30%, enquanto Kospi caiu 0,40%, Taiex recuou 0,19%, Straits Times perdeu 0,37% e S&P/ASX 200 caiu 0,92%. A movimentação reflete ganhos no setor de tecnologia e expectativa de melhora nas relações comerciais com os EUA.
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