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Direto das Ruas

Filha de ex-funcionário da Cifra contava com dinheiro de acordo para ceia

Segundo Joelma, o pai já havia feito planos com o dinheiro e está triste com a demora no pagamento

Viviane Oliveira | 23/12/2022 12:18
Antigos funcionários da empresa Cifra segurança (Foto: reprodução / Facebook)
Antigos funcionários da empresa Cifra segurança (Foto: reprodução / Facebook)

A autônoma Joelma Maria da Silva, de 39 anos, disse que o pai, João Olívio da Silva, de 75 anos, ainda não recebeu o dinheiro do acordo feito pela antiga Cifra Vigilância, que funcionou em Campo Grande e em Dourados entre 1965 e 2021.

A empresa encerrou as pendências trabalhistas e prometeu pagar os ex-funcionários, conforme acordo com o MPT/MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul). O Campo Grande News relatou a situação no mês passado, quando o advogado Breno Moura, filho do ex-dono da Cifra, postou nas redes sociais que estava à procura de ex-funcionários.

“Eu entrei em contato com o advogado. Ele disse que tinha umas 3 contas bancárias que deram problema e ia ver se estava tudo certo com a conta do meu pai. Mas, depois ele entrou em contato novamente e disse para eu ficar tranquila que o dinheiro ia cair, mas até agora nada. O prazo venceu no último dia 20”, contou.

Segundo Joelma, o pai já havia feito planos com o dinheiro para passar o Natal tranquilo e está triste com a demora no pagamento. “Há várias pessoas, umas 30, que ainda não receberam. Montamos um grupo de WhatsApp para falar sobre o assunto. Agora, a informação é de que o dinheiro será pago somente em janeiro”, contou.

A filha relatou que esse dinheiro que o pai tem direito não havia sido pago na época em que a empresa reincidiu contrato com os funcionários. "Ficou dinheiro para trás".

Outro lado - Procurado, Breno Moura relatou que depois que a lista com os nomes foi divulgada, o número de pessoas que tinha o direito de receber mais que dobrou. Segundo o advogado, com zelo e paciência, o procurador do trabalho, Paulo Douglas de Moraes, atendeu cada um.

“O dinheiro foi depositado numa conta do Tribunal do Trabalho. “Foram expedidos os alvarás, mas não sei o porquê o banco não creditou de alguns. Para saber o que houve tenho que esperar a volta do recesso. Mas o valor está garantido e depositado em uma conta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho)”, afirmou.

Em nota, divulgada no começo deste mês, o MPT informou que "a Cifra Vigilância respondia judicialmente pelo não cumprimento das obrigações trabalhistas dos empregados e pagamento de indenizações dos demitidos, especialmente em meados de 2016, quando faleceu o fundador da empresa, Francisco Moura, e ocorreram demissões em massa”.

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