Moradores fazem abaixo-assinado contra quedas constantes de energia
Comunidade relata que sofre há pelo menos três anos com interrupções frequentes e longos períodos sem luz
Moradores do Bairro Residencial Figueiras do Parque, em Campo Grande, se uniram para cobrar soluções da Energisa diante das constantes quedas de energia registradas na região. O problema, segundo eles, ocorre há pelo menos três anos e se agrava sempre que há mudança no tempo. Há relatos de famílias que chegam a ficar até 18 horas sem luz. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
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Moradores do Bairro Residencial Figueiras do Parque, em Campo Grande, organizaram um abaixo-assinado contra as frequentes quedas de energia na região. O documento, que já conta com 102 assinaturas, será entregue à Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento. O problema persiste há três anos, com interrupções que chegam a durar 18 horas. Moradores relatam prejuízos financeiros, danos a eletrodomésticos e transtornos no dia a dia, especialmente durante mudanças climáticas. Segundo informações preliminares, a região sofre com sobrecarga na rede elétrica.
Ontem (13), por exemplo, a energia foi interrompida por volta das 17h e só retornou às 10h desta quinta-feira (14). Diante da recorrência, a comunidade elaborou um abaixo-assinado, que está disponível em um mercado do bairro e já conta com 102 assinaturas, para ser encaminhado à concessionária. “A situação está insustentável", contou a atendente Jennifer de Moura, de 32 anos, que participou da organização do documento.
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Moradores relataram ainda que, durante reparos realizados por um técnico da Energisa nesta manhã, foram informados de que o bairro sofre com sobrecarga na rede elétrica e que o problema precisaria ser melhor avaliado.

Em nota incluída no abaixo-assinado, a comunidade afirma que as “constantes quedas de energia, oscilações e longos períodos sem luz têm causado inúmeros prejuízos a famílias, comércios e pessoas que dependem de equipamentos elétricos”.
A técnica em agropecuária Giovanna Fátima de Lima Borges, de 26 anos, disse que enfrenta o problema desde que se mudou para o bairro, há cerca de um ano. “Tenho um bebê que sofre todas as vezes que falta energia. As noites quentes são um martírio, sem ventilação. Chego do serviço à noite e saio de madrugada, o pouco tempo que tenho para descansar e ficar com meu filho é prejudicado. Fora os eletrodomésticos que queimam com os picos de energia. Não aguentamos mais essa situação, ainda mais com a conta só aumentando e sem solução”, desabafou.
A consultora da Natura Lucila de Oliveira, de 53 anos, também reclamou da frequência das quedas. “Qualquer vento já ficamos sem energia. Desde ontem estamos sem luz. Informamos a Energisa e recebemos apenas respostas automáticas. É muita falta de respeito. A conta é altíssima, e nos últimos meses a insatisfação é geral por conta do valor e das interrupções quase diárias”, disse.
O designer Ricardo Albertoni, de 42 anos, contou que precisa deixar o escritório no bairro várias vezes por semana para trabalhar na casa dos pais, no Caiçara, a mais de sete quilômetros de distância. “Já tive problemas com a geladeira por causa dos picos de energia. As solicitações à empresa eu já perdi as contas de quantas fiz. O problema é recorrente e nunca há uma solução definitiva, apenas ações paliativas”, afirmou.
O funcionário público Éder Sassá Floriano, de 42 anos, proprietário do espaço de festas “Sassá Festas e Eventos”, relatou prejuízos financeiros. “Essa falta de energia está me causando grandes perdas. Preciso ligar a bomba da casa de máquinas para tratar a piscina e entregar o local aos clientes, mas sem energia é impossível. Já precisei cancelar um aluguel por causa disso. A situação está cada vez pior”, disse.
Em resposta a reportagem, a Energisa informou que que já está em contato com representante do bairro Figueiras do Parque, com o objetivo de compreender detalhadamente as necessidades na região, analisar e realizar as medidas que forem necessárias.
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