Vídeo flagra água escura de frigorífico caindo no Rio Verde, em MS
Prefeitura afirma que resíduo é tratado antes do despejo e que há fiscalização da Imasul no local
RESUMO
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Vídeo mostra água escura sendo despejada no Rio Verde, em Mato Grosso do Sul, por um frigorífico. Moradores denunciam mau cheiro e possível contaminação da água, utilizada por habitantes da região. A prefeitura confirma o despejo, mas afirma que os resíduos são tratados antes de chegarem ao rio e que a prática é fiscalizada. O prefeito reconhece o mau cheiro, atribuindo-o ao processamento do couro. O frigorífico foi procurado, mas não se manifestou até o momento. A denúncia aponta para possíveis problemas de saúde pública devido à contaminação do rio. O vídeo mostra uma substância escura e espumosa sendo lançada no rio.
Imagens feitas por um morador mostram o despejo de uma água escura no Rio Verde, que corta a cidade de Rio Verde de Mato Grosso, localizada a 203 quilômetros de Campo Grande. Segundo a denúncia, o líquido sai de um cano nos fundos do frigorífico BrasFriz, instalado no município desde 2024. A prefeitura, no entanto, afirma que os resíduos passam por tratamento antes de serem lançados no rio e nega qualquer irregularidade.
De acordo com o denunciante, empresário de 31 anos, que preferiu não se identificar, o descarte tem gerado mau cheiro e preocupa moradores pela possível contaminação. “Eles jogam resíduos no rio, trazendo transtorno para a saúde pública. Fica o mau cheiro na cidade, pois o rio corta a cidade e os habitantes tomam banho no mesmo”, disse.
Nas imagens, o líquido aparece caindo do cano e formando uma espécie de espuma na água do rio.
Outro lado – O prefeito da cidade, Réus Antonio Sabedotti Fornari (PP), conversou com a equipe de reportagem do Campo Grande News e confirmou que há despejo no rio, mas alegou que ocorre fora da área urbana e segue fiscalização ambiental. “Eles têm uma empresa que cuida disso e também a Imasul, que faz corriqueiramente análise das águas para manter o nível. Está tudo certinho”, afirmou.
Ele também reconheceu que há incômodo com o cheiro vindo da unidade. “Não tem como evitar um cheirinho, um chorume ou aquela coisa do couro, que é natural. Mas tem moradores nas chácaras por perto que se incomodam.”
A equipe de reportagem tentou contato com o frigorífico BrasFriz por meio do e-mail disponibilizado no site oficial da empresa, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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