Após morte de jovem, carro é atingido por 5 tiros em guerra de famílias
Cinco crianças estavam dentro da casa durante os disparos; ninguém foi ferido
Um carro foi atingido por cinco tiros no fim da manhã desta quarta-feira (2), na Rua Prímula, no Bairro Jardim das Hortências, em Campo Grande. Os disparos foram feitos por homem em uma bicicleta. O veículo estava estacionado e sem ocupantes. Dentro da residência havia cinco crianças, mas ninguém foi ferido. O caso é mais um episódio na briga de duas famílias, segundo uma das envolvidas.
RESUMO
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Um carro estacionado foi alvejado por cinco tiros na manhã desta quarta-feira (2), na Rua Prímula, Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O ataque foi realizado por um homem em bicicleta. No momento do incidente, havia cinco crianças dentro da residência, mas ninguém ficou ferido. O veículo pertence à mãe de uma jovem de 24 anos, que acredita ser uma retaliação relacionada à morte de seu cunhado, Eryson Breno Souza Vasques, conhecido como Ferrugem. O caso tem conexão com conflitos anteriores entre famílias, incluindo um ataque em dezembro passado, quando um bebê e um homem foram baleados.
Imagens de câmeras de segurança registraram o som dos disparos. Segundo relato de uma jovem de 24 anos, que pediu para não ser identificada, o carro pertence à sua mãe, de 43 anos. Ela acredita que os tiros foram um recado para a família, após a morte de seu cunhado, Eryson Breno Souza Vasques, de 22 anos, conhecido como Ferrugem.
“É um recado. Eles estão ameaçando essa família. Um pouco que eu venho aqui e já fazem isso no carro da minha mãe. Não é um lugar seguro. Isso é intimidação”, afirmou.
Segundo a polícia, Ferrugem era considerado de alta periculosidade, foragido do sistema penitenciário, e tinha histórico de crimes graves, incluindo dois homicídios, um deles qualificado, e diversos roubos à mão armada.
Ele foi morto no dia 19 de junho, ao reagir a uma abordagem da polícia na Rua Salim Derzi, uma das estradas de terra que liga a BR-163 ao Bairro Moreninhas. Ele estava escondido na mata junto com um amigo no momento da abordagem.
O rapaz que sobreviveu chegou a gravar vídeo pedindo socorro após ver o amigo ser baleado ao apontar pistola para equipe da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros)
De acordo com a jovem, os tiros seriam uma retaliação feita por familiares desse comparsa, que também teve a casa alvejada na semana passada.
“Eles acham que fomos nós que mandamos atirar na casa, mas, cara, não faz nem 15 dias que o guri morreu. A família está em luto. Vocês sabem o que é enterrar um irmão? E mesmo assim acusam eles de fazer esse tipo de coisa, ameaçam, vêm em retaliação. Isso tudo é mentira. Nem o luto deles eles estão podendo viver porque ficam fazendo essas coisas”, desabafou.
Em dezembro do ano passado, a família de Ferrugem foi alvo de outros disparos enquanto chegava na residência. O casal estava em uma motocicleta com um bebê de um ano quando foram atingidos. O homem que segurava a criança foi atingido nas costas e o bebê na perna. A jovem também atribui este caso ao amigo de Ferrugem.
A jovem ainda relata que já realizou ao menos quatro boletins de ocorrências informando as ameaças. Após os disparos desta manhã a PM (Polícia Militar), Polícia Civil e a Perícia Criminal foram até o local.
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