Dólar cai a R$ 5,42 com análise de pacote tributário nos EUA
Moeda americana registrou menor valor em quase um ano nesta quarta-feira (2)

O dólar comercial caiu nesta quarta-feira (2), após perder 0,74% e fechar a R$ 5,42, em meio a incertezas fiscais nos Estados Unidos e no Brasil. A queda ocorreu porque investidores aguardaram a votação do pacote de cortes de impostos do presidente Donald Trump (Republicano), nos EUA, e acompanharam a derrubada do aumento do IOF (Imposto de Operações Financeiras) pelo Congresso no Brasil.
RESUMO
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Dólar fecha em queda com incertezas fiscais no Brasil e nos EUA. A moeda americana recuou 0,74%, cotada a R$ 5,42, menor valor desde agosto de 2024. Investidores aguardam votação do pacote de cortes de impostos de Trump e acompanham a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso brasileiro. Ibovespa teve leve queda de 0,36%, fechando em 139.051 pontos. Pacote de Trump pode aumentar dívida americana em US$ 3,3 trilhões. No Brasil, governo enfrenta resistência do Congresso para elevar o IOF e Haddad defende aprovação de medidas para aumentar arrecadação, como tributação de apostas e criptoativos, além de cortes em benefícios fiscais. Ministro teme impacto de R$ 10 bilhões nas contas públicas e prevê cortes no Orçamento de 2025.
O Ibovespa recuou 0,36% e terminou aos 139.051 pontos. O dólar atingiu o menor patamar desde agosto de 2024, quando fechou em R$ 5,41.
No acumulado do ano, o dólar já caiu 12,28%. O Ibovespa subiu 15,60% no período.
O que mexe com o mercado - Na agenda norte-americana, a Câmara analisa o "megapacote" de Trump que reduz tributos e eleva gastos públicos. A proposta deve aumentar a dívida americana em US$ 3,3 trilhões na próxima década. O mercado também monitora o fim do prazo de suspensão do tarifaço dos EUA. Apenas três acordos comerciais foram fechados, incluindo o mais recente com o Vietnã.
Já no território nacional, o governo enfrenta resistência do Congresso para elevar o IOF. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a derrubada do decreto que aumentava o imposto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a medida é necessária para equilibrar as contas em 2026.
A equipe econômica teme um impacto de R$ 10 bilhões na arrecadação deste ano e prevê cortes no Orçamento de 2025. Haddad também citou a necessidade de aprovar a Medida Provisória que amplia tributos sobre apostas eletrônicas, criptoativos e fintechs, além de cortar R$ 15 bilhões em benefícios fiscais.
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