Abertura de mercados de bairros cresceu 12% em 2 anos, aponta pesquisa
Número foi impulsionado pela pandemia, quando as famílias aumentaram o consumo em minimercados e mercearias
Nos últimos dois anos, a abertura de mercadinhos de bairros cresceu 12%, segundo levantamento divulgado pelo Sebrae. O número foi impulsionado pela pandemia da covid-19, quando as pessoas aumentaram o consumo de alimentos e produtos de limpeza em minimercados e mercearias de todo Brasil.
Com isso, a abertura de MEI (Microempreendedores Individuais) em 2018, saiu de 38 mil novas empresas para 56.371 no ano de 2021- em três anos. O percentual é positivo para a economia, tendo em vista que 40 mil MEI fecharam em 2018.
Para o analista da Unidade de Competitividade do Sebrae, Vicente Scalia, o resultado já era esperado. Além de ser um nicho que abriga diversos tipos de atividades em um só formato como padaria, açougue e hortifrúti, por exemplo, já que segmento foi um dos poucos que não parou suas atividades durante o contágio do coronavírus, por ser considerado essencial.
Outro fator que beneficiou os mercadinhos, na visão do analista, foi a escalada da inflação e a redução do poder de compra do consumidor. “Essa foi uma atividade que cresceu muito e ressalto, principalmente, o papel das compras menores, aquelas semanais. O poder de compra do brasileiro vem diminuindo e não há mais espaço para a compra mensal. Com a alta dos preços dos alimentos e do combustível, o cliente se desloca, no máximo, para um mercadinho do próprio bairro, onde adquire o necessário”, enfatiza Scalia.