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Economia

Carne puxa queda nos preços e Capital tem deflação após 20 meses

Luciana Brazil e Edivaldo Bitencourt | 10/04/2013 10:36
Carne ficou mais barato em março, diz IPC (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Carne ficou mais barato em março, diz IPC (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Um dos produtos mais caros da cesta básica, a carne, puxou os preços para baixo e causou a primeira deflação nos útlimos 20 meses em Campo Grande. O mês de março fechou com queda de 0,07%, conforme o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), divulgado hoje pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp. 

A inflação foi negativa apesar do aumento significativo de alguns hortifrutis, como o tomate e a cebola. A última deflação registrada na cidade foi de -0,19% em junho de 2011. 

A maioria dos cortes de carne apresentou redução de preço, de acordo com o IPC. Produtos eletroeletrônicos, grupo de alimentação e de habitação também refletiram no cenário de deflação.

Nos últimos 12 meses, a inflação em Campo Grande está acumulada em 5,86%. O índice ainda ultrapassa a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2013, que é de 4,5%, com tolerância de dois pontos, para mais ou para menos.

A inflação acumulada neste ano chega a 1,50%. A tendência é de queda para os próximos meses, por causa dos produtos da cesta básica e da queda na tarifa de energia elétrica em abril.

As desonerações do PIS (Programa de Integração Social) e o Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) da cesta básica começam a produzir os efeitos previstos de queda da inflação, como explica o coordenador do Nepes, professor Celso Correia.

O grupo de alimentação apresentou redução moderada de -0,02% no mês de março. Recuo forte em relação aos meses anteriores, onde o grupo acumulou inflação de 12,79% nos últimos 12 meses.

Porém, pesquisadores ressaltam que o grupo sofre influência constante de fatores climáticos e da sazonalidade de alguns produtos, em especial das verduras, frutas e legumes.

Os hortifrutis ficam com preços mais altos no término da safra, e podem diminuir de custo quando entram na colheita.
Nos últimos meses, produtos como a beterraba (18,51%), a cebola (17,72%), manga (17,23%) e o tomate (7,96%) tiveram alta significativa. Já, o chuchu (-31,88%), goiaba (-21,15%), limão (-20,96%) e a batata (-13,75%) tiveram queda nos preços.

Para os especialistas, a inflação acumulada anual do grupo alimentação atinge mais diretamente a população de menor renda, que prioriza a alimentação, onde realizam os maiores gastos.

O vestuário e o transporte foram os que mais contribuíram para elevação da inflação neste mês. No vestuário, o aumento ficou por conta de alguns produtos da nova estação, e no transporte, o destaque é para os combustíveis.

O óleo diesel teve aumento de 2,0%, o etanol de 1,66% e a gasolina de 0,08%. As principais quedas foram com passagens de ônibus interestadual, automóvel zero e a passagem de ônibus intermunicipal.

As despesas pessoais também tiveram deflação de -0,21%. Porém, o grupo foi um dos responsáveis pela inflação acumulada nos últimos 12 meses, alcançando 12,93%. Alguns produtos, como o sabonete, creme dental e absorvente higiênico sofreram aumento nos preços. O grupo de despesas pessoais mostra que o custo dos serviços tem aumentado acima da inflação na Capital.

O grupo de saúde apresentou estabilidade nos preços, com índice de 0%. A educação, no mês de março, apresentou pequena deflação de -0,12%, devido a queda no custo dos itens de papelaria.

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