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Economia

Dólar dispara a R$ 5,50 com tensão comercial entre EUA e China

Bolsa cai 0,73% e recua quase 4% em outubro

Por Gustavo Bonotto | 10/10/2025 19:16
Dólar dispara a R$ 5,50 com tensão comercial entre EUA e China
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial subiu para R$ 5,503 nesta sexta-feira (10), enquanto o índice Ibovespa recuou 0,73% em São Paulo, diante da escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e de preocupações com as contas públicas brasileiras.

RESUMO

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O dólar comercial atingiu R$ 5,503 nesta sexta-feira, impulsionado pela escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após o presidente Donald Trump anunciar novas tarifas de 100% sobre produtos chineses. A moeda americana acumula alta de 3,39% em outubro, apesar da queda de 10,95% no ano. O cenário interno também contribuiu para a instabilidade, com a derrubada de uma medida provisória que aumentava tributos sobre investimentos, gerando um rombo de R$ 17 bilhões no orçamento de 2026. As bolsas globais reagiram negativamente, com quedas expressivas nos principais índices dos Estados Unidos, Europa e Ásia.

A moeda americana abriu o dia em queda a R$ 5,36, mas virou alta nos primeiros minutos e atingiu R$ 5,51 por volta das 14h, maior nível desde 5 de agosto. O avanço diário foi de 2,38%, acumulando 3,39% em outubro e queda de 10,95% no ano.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump (Republicano) anunciou novas tarifas de 100% sobre produtos chineses, em resposta ao controle de exportação de terras raras pela China. A medida deverá aumentar a volatilidade nos mercados globais na próxima semana e afetou bolsas americanas, com S&P 500 recuando 2,71%, Nasdaq 3,56% e Dow Jones 1,88%. Investidores buscaram segurança em ouro e títulos do Tesouro americano diante da incerteza.

No Brasil, a incerteza fiscal contribuiu para o desempenho negativo do real e da bolsa. A derrubada de uma medida provisória que aumentava tributos sobre investimentos gerou rombo de R$ 17 bilhões no orçamento de 2026. O governo estuda alternativas para compensar a perda da medida e reduzir os impactos no próximo ano eleitoral.

O mercado internacional também reagiu com queda aos anúncios de Trump. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,86%, em Frankfurt o DAX caiu 1,50% e o CAC 40, em Paris, perdeu 1,53%. Na Ásia, Xangai recuou 0,94%, Hong Kong 1,73% e Tóquio 1,01%, enquanto Seul subiu 1,73%.

Em meio à instabilidade econômica, o governo federal anunciou nova linha de crédito imobiliário para a classe média. O SFH (Sistema Financeiro da Habitação) permitirá financiamento de imóveis de até R$ 2,25 milhões, com até 80% do valor financiado pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). O ministro Jader Filho estima que a medida viabilizará 80 mil novos imóveis com juros de até 12% ao ano.

O IPP (Índice de Preços ao Produtor) mostrou queda de 0,20% em agosto, marcando o sétimo mês consecutivo de recuo. Os setores de alimentos, produtos químicos, indústrias extrativas e papel e celulose foram os principais responsáveis pela baixa. No acumulado do ano, o indicador apresenta queda de 3,62%, enquanto em 12 meses registra alta de 0,48%.

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