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Economia

Em meio a crise política, Confinar promete dar fôlego a pecuaristas

Renata Volpe Haddad | 23/05/2017 11:16
Confinar é momento para pecuaristas e produtores trocarem experiências e ter acesso as novas tecnologias. (Foto: Renata Volpe)
Confinar é momento para pecuaristas e produtores trocarem experiências e ter acesso as novas tecnologias. (Foto: Renata Volpe)

A sexta edição do Confinar que começou nesta terça-feira (23) em Campo Grande, ainda está tímida, diferente dos outros anos, mas continua com a promessa de auxiliar produtores e pecuaristas a terem excelência de negócios da porteira para dentro.

O evento é realizado depois da delação do dono da JBS, Joesley Batista, divulgando pagamento de propinas e desencadeando mais uma crise no setor, depois da operação Carne Fraca, que aconteceu em março deste ano. Na abertura do evento, autoridades falaram sobre a crise na pecuária, porém, ressaltaram que o evento é importante para a cadeia.

De acordo com o organizador do evento, Rodrigo Spendler, este é um momento de muita turbulência, devido a crise política. "Há muitos fatos e boatos acontecendo agora. Depois que essa poeira da política baixar, vamos saber como vai ficar a situação do JBS. É um momento de muita incerteza, os pecuaristas têm segurado o quanto podem e só estão negociando o que dá para conseguir pagar as contas. A crise é um fato, mas a médio prazo vamos ter uma percepção melhor do que vai acontecer", explica.

Com a crise, a expectativa de público do Confinar dever ser em torno de 1.500 pessoas, ficando igual ao ano passado. Sobre o evento, são 27 stands apresentando novas tecnologias para auxiliar e facilitar o dia a dia do produtor. Há programação de palestras com pecuaristas falando sobre o sucesso dos negócios, além de palestras de manejo, adequação nutricional, mercado do boi, pecuária de corte e forrageiras.

Confinar está sendo realizado no centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. (Foto: Renata Volpe)
Confinar está sendo realizado no centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. (Foto: Renata Volpe)

Ainda segundo Spendler, o Confinar foi pensado para os produtores de Mato Grosso do Sul que não tinham um suporte adequado. "Eu via a dificuldade que os pecuaristas tinham para esclarecer dúvidas e com o Confinar, as palestras e os stands, facilitam essa troca de conhecimentos", avalia.

Conforme o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Maurício Saito, a instabilidade no mercado atual, se depara com a boa gestão do pecuarista. "Essa instabilidade do mercado da porteira para fora não supera a estabilidade do produtor no campo. A boa gestão vai combater esse cenário e o Confinar auxilia o pecuarista para continuar tendo sucesso e produzindo com qualidade", afirma.

Para o chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, a pecuária tem passado por momentos difíceis. "Mas eventos como o Confinar, que trazem palestrantes, contribuem para que os pecuaristas de Mato Grosso do Sul continuem evoluindo e sejam destaques na exportação para países exigentes, que compram pouco, mas que pagam caro pela nossa carne", esclarece.

Representando o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o superintendente da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Renato Roscoe, afirmou que em momentos de crise e instabilidade política, o Confinar é importante principalmente pela discussão sobre a produção. "Temos um governo ativo e preocupado com o desenvolvimento do agronegócio no Estado. Estamos dobrando capacidade de recursos, com o FCO por exemplo, para auxiliar o produtor de Mato Grosso do Sul, a produzir com qualidade".

O evento encerra amanhã e acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande. Confira a seguir o vídeo mostrando o primeiro dia do Confinar.

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