Embarques de minério de ferro pelo Rio Paraguai podem chegar a 200 mil toneladas
Na régua de Ladário, o nível saiu de 84 centímetros para 90 centímetros nesta quarta-feira
O aumento no nível do Rio Paraguai está favorecendo a retomada dos embarques de minério de ferro para exportação nos portos de Porto Esperança e Ladário.
RESUMO
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O aumento do nível do Rio Paraguai permitiu a retomada do embarque de minério de ferro em Mato Grosso do Sul, com a LHG Mining projetando exportar 200 mil toneladas até o fim do ano. Apesar dos desafios da escassez hídrica, a empresa já embarcou cerca de 40 mil toneladas através de barcaças nos portos de Ladário e Porto Esperança, impulsionando a economia regional e gerando empregos. A retomada da navegabilidade na hidrovia é vista como crucial para o fortalecimento do setor mineral no estado e sua participação no mercado internacional.
Com este cenário, de acordo com a mineradora LHG Mining, é esperado 200 mil toneladas de minério de ferro exportadas até o final do ano.
“Mesmo com os desafios impostos pela escassez hídrica, conseguimos dar continuidade às exportações. Nossa projeção é superar 200 mil toneladas de minério de ferro exportadas até o final do ano. Isso garante não apenas a continuidade da nossa operação, mas também a preservação dos empregos locais, beneficiando as economias de Corumbá, Ladário e de todo o estado de Mato Grosso do Sul”, destacou o diretor de Sustentabilidade e Meio Ambiente da LHG, Rodrigo Dutra.
Conforme o boletim desta quarta-feira (18), do Imasul (Instituto Estadual de Meio Ambiente), na régua de Ladário, o nível saiu de 84 centímetros para 90 centímetros. Porto Murtinho, ainda está em estiagem, mas saiu de 168 cm para 173 cm.
A empresa já conseguiu realizar embarque de 12 barcaças, cada uma operando a 65% de sua capacidade total, no Porto da Granel Química, localizado em Ladário.
Outras barcaças também partiram do Porto de Ladário, somando aproximadamente 40 mil toneladas. O material segue pelo Rio Paraguai até o Porto de Nueva Palmira, no Uruguai.
Para o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a retomada da navegabilidade ajuda a gerar riqueza e emprego.
“Essa operação é fundamental para fortalecer o setor mineral em Mato Grosso do Sul, gerando empregos, dinamizando a economia regional e consolidando nossa participação no mercado internacional. Reforça ainda o equilíbrio entre sustentabilidade e desenvolvimento econômico, essenciais para o futuro da indústria mineral no Brasil”, afirmou.
Seções - A hidrovia do Rio Paraguai apresenta as seções do Tramo Sul, que se estende da foz do Rio Apa até o município de Corumbá e o Tramo Norte, que conecta Corumbá a Cáceres.
O Tramo Sul, por suas condições favoráveis de profundidade e largura, comporta comboios comerciais de grande porte com dimensões médias de 290 metros de comprimento, 48 metros de largura e calado de 2,7 metros. A capacidade de carga alcançada é de até 24 mil toneladas.
Já o Tramo Norte tem maior complexidade logística devido à presença de assoreamentos, ilhas fluviais e sinuosidades no percurso, limitando o porte das embarcações.
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