Envio de carne ao Japão deve começar pelo Sul, mas MS espera definições oficiais
“Não é nada concreto e também depende das habilitações", disse o presidente do Sicadems
A informação de que as exportações da carne brasileira ao Japão devem começar pela região Sul ainda não preocupa Mato Grosso do Sul. Segundo o Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frio, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), não existe nada oficial, mas acredita que há possibilidade de abrir para mais regiões.
RESUMO
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Exportações de carne brasileira ao Japão devem começar pelo Sul do país, mas Mato Grosso do Sul ainda não se preocupa com a informação. O Sindicato das Indústrias de Frio, Carnes e Derivados do estado afirma que não há nada oficial e que existe a possibilidade de abertura para mais regiões, dependendo das habilitações e de uma auditoria conjunta do Ministério da Agricultura e autoridades japonesas. A previsão inicial era de que as exportações começassem em setembro. Enquanto isso, a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos entrou em vigor em 6 de agosto. Apesar da pressão de setores econômicos, que resultou no perdão da tarifa para 700 itens, a carne bovina brasileira continua sujeita à taxação. A tarifa para o Brasil é composta por 10% da tarifa-base mais 40% adicionais.
“Ainda não preocupa, porque não é nada concreto e também depende das habilitações. Há possibilidade de ser geral. Estamos esperando uma auditoria, que é feita pelo Ministério da Agricultura e pelo Japão”, disse ao Campo Grande News, o presidente do Sicadems, Régis Comarella. A previsão inicial era de iniciar as exportações de carne brasileira para o Japão em setembro.
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Atualmente, o Estado tem frigoríficos habilitados para vender subproduto cozido ao Japão, mas carne ainda não.
Conforme divulgado pela Folha de São Paulo, uma fonte do governo brasileiro informou que as negociações estavam ocorrendo por região e ainda não há planos para além dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Em maio, Mato Grosso do Sul foi reconhecido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) como área livre de febre aftosa. Na época, outros 20 estados brasileiros e o Distrito Federal também receberam o status sanitário.
Até então, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso detinham esse reconhecimento.
Tarifaço – A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou em vigor no dia 6 de agosto. A princípio, a previsão era de começar no dia 1° de agosto, mas foi adiada.
Antes disso, após pressão de setores econômicos, os EUA pouparam 700 itens da lista, entre eles a celulose, ferro-gusa e a laranja. A carne, um dos principais produtos na balança comercial, foi mantida na tarifa.
Os percentuais variam de 10% a 41%, conforme o país. No caso do Brasil, são 10% de tarifa-base, com 40% adicionais para parte da pauta exportadora.
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