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Economia

Governo prevê investir R$ 20 bilhões para atrair indústrias de celulose

Caroline Maldonado | 14/04/2015 08:44
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou dos planos para o setor durante a abertura do 4º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Fiems)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou dos planos para o setor durante a abertura do 4º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/Fiems)

Nos próximos dez anos, o Governo do Estado pretende investir R$ 20 bilhões em ações para estimular o setor da indústria de papel e celulose. A ideia é aumentar a competitividade e atrair empresas para consumir a produção florestal de Mato Grosso do Sul, segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

O governador falou dos planos para o setor durante a abertura do 4º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul, ontem (13), no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

A prioridade, segundo ele, será a ampliação das fábricas de celulose já existentes, instalação de novas indústrias de celulose, atração de empresas na área de papel, embalagens e produtos de higiene. Com isso, o governo prevê abrir novos espaços para empresas de móveis, de geração de energia de biomassa e ampliação da produção de carvão no Estado.

Setor - Em oito anos, a área destinada ao plantio de eucalipto no Estado cresceu 566%, saindo de 120 mil para os atuais 800 mil hectares, conforme a Reflore MS (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).

O presidente da entidade, Moacir Reis, disse que o objetivo do evento, que se estende até amanhã (15) é mostrar a realidade do setor de florestas plantadas em MS e ampliar a divulgação sobre os principais temas da atividade florestal.

O senador Waldemir Moka, que participou da abertura, destacou a função das florestas plantadas de neutralizar a poluição. “As árvores absorvem da atmosfera o CO², principal gás causador do efeito estufa, e o armazenam em seus troncos, seus galhos e suas folhas. As florestas, plantadas pelo homem ou não, desempenham um papel importante, pois ajudam na despoluição. Por isso, essa nova atividade produtiva que cresce a cada dia no Estado precisa continuar recebendo atenção do setor público para que possa gerar renda e mais empregos”, comentou Moka.

Os planos de investimento do governo são necessários, em vista do crescimento do setor, na avaliação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Junior Mochi. Para ele o apoio do poder público deve se manifestar no aprimoramento da legislação para contribuir com o desenvolvimento da cadeia. “Cabe agora industrializar o que está plantado, ampliar e diversificar as indústrias, oportunizando a quem vender e comercializar os produtos”, disse.

Durante a abertura do evento, o presidente da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de MS), Sérgio Longen, lembrou o investimento da entidade de R$ 12 milhões na modernização e ampliação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em Três Lagoas.

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