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Economia

Hidrovia do Rio Paraguai deve ir a leilão em dezembro, confirma ministro

Anúncio foi feito pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, nesta terça-feira

Por Izabela Cavalcanti e Fernanda Palheta | 17/06/2025 11:47
Hidrovia do Rio Paraguai deve ir a leilão em dezembro, confirma ministro
Barcaças sendo transportadas pelo Rio Paraguai (Foto: Divulgação/Portal MS)

A Hidrovia do Rio Paraguai deve ir a leilão na B3 em dezembro deste ano, conforme anunciou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, nesta terça-feira (17). A data anterior estava prevista para julho, mas o leilão foi adiado.

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A Hidrovia do Rio Paraguai será leiloada em dezembro na B3, anunciou o ministro de Portos e Aeroportos. O projeto, localizado em Mato Grosso do Sul, abrange 600 quilômetros entre Corumbá e Porto Murtinho, incluindo o Canal do Tamengo. A concessão visa modernizar a hidrovia, aumentando a capacidade de escoamento de cargas como soja e minério de ferro. O investimento previsto para os primeiros cinco anos é de R$ 63,8 milhões, abrangendo dragagem, sinalização e infraestrutura. Atualmente, a hidrovia movimenta cerca de 10 milhões de toneladas entre soja e minério, mas a expectativa é que a concessão aumente esse volume para até 70 milhões de toneladas. O contrato terá duração de 15 anos, prorrogáveis por igual período, e a tarifa máxima para movimentação de cargas será de R$ 1,27 por tonelada.

“Essa obra é muito estratégica para a gente poder ajudar no escoamento da produção, sobretudo para um olhar também da celulose, entre outros ativos que vão fazer parte do escoamento da produção. A ideia é que agora em dezembro a gente possa fazer a primeira concessão hidroviária do Brasil, que será aqui em Mato Grosso do Sul, que vai ajudar na logística do estado, reduzindo o custo logístico e ampliando a competitividade cada vez mais", destacou durante a cerimônia de início das obras dos aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá.

Hidrovia do Rio Paraguai deve ir a leilão em dezembro, confirma ministro
Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, dando entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele ainda ressaltou sobre as potencialidades de Mato Grosso do Sul. "Hoje o Estado é um dos que mais crescem no Brasil, que mais gera emprego, que mais tem obras de infraestrutura”, completou.

De acordo com o governador Eduardo Riedel (PSDB), atualmente, a hidrovia exporta 2 milhões de toneladas de soja e mais de 8 milhões de toneladas de minério. Com a concessão, esse escoamento vai aumentar podendo chegar a até 70 milhões de toneladas de minério de ferro, por exemplo.

“É fundamental que a gente tenha investimentos em sinalização, em operacionalização desse trecho brasileiro da hidrovia, através de quem conhece o melhor do assunto e opera melhor. É essa a visão que o Governo Federal está tendo, e a gente apoia integralmente essa iniciativa. Não vamos mais movimentar 15 milhões de toneladas, vamos movimentar 50, 60, 70 milhões de toneladas, que é o destino de Mato Grosso do Sul”, enfatizou.

O projeto abrange um trecho de 600 quilômetros entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho. O objetivo é aumentar a eficiência logística, reduzir emissões de gases de efeito estufa e fomentar o desenvolvimento sustentável.

Nos primeiros 5 anos, estão previstos serviços de dragagem, derrocagem, balizamento, sinalização, construção de infraestrutura e implantação de sistemas de gestão do tráfego hidroviário.

O investimento direto estimado para essa fase é de R$ 63,8 milhões. O contrato terá duração de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. A tarifa para movimentação de cargas será de até R$ 1,27 por tonelada, podendo ser reduzida conforme o critério da licitação.

Em relação a publicação do edital de licitação da Hidrovia do Rio Paraguai estava marcada para maio deste ano, mas a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) mudou para até outubro deste ano, devido as exigências do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que negou pedidos de dragagem emergencial ao longo do Rio Paraguai, após a análise de estudos.

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