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Economia

Indústria de MS está com mais de um terço de sua capacidade ociosa

Mariana Rodrigues | 19/08/2015 19:38

A indústria de Mato Grosso do Sul está com mais de um terço de sua capacidade ociosa, ou seja, para 60,3% dos respondentes, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para o mês. O índice marcou 37,7 pontos em julho, queda de 5 pontos no comparativo com igual mês de 2014, sendo que ociosidade média no mês de julho em Mato Grosso do Sul foi 35%.

Segundo Ezequiel Resende, coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, o índice mantém o resultado muito abaixo do patamar considerado adequado para o período, que é alcançado quando o indicador se situa em torno dos 50 pontos. Os dados da Sondagem Industrial, foram realizados em julho deste ano pelo Radar Industrial da Fiems junto às empresas sul-mato-grossenses. De acordo com os resultados, a atividade industrial prossegue fraca e sem sinais de recuperação a curto prazo.

"Quando comparado com o mês imediatamente anterior, julho de 2015 marcou o 14º resultado consecutivo sem crescimento da produção. Nesse período, os índices ficaram abaixo da linha indicativa de expansão, que é a partir dos 50 pontos”, destacou Ezequiel Resende.

Ele reforça que seguem fracas as expectativas do industrial sul-mato-grossense, pois, na avaliação dos respondentes, já não existem chances de recuperação neste ano. “Os índices que medem a expectativa em relação à demanda por seus produtos, quantidade exportada, número de empregados e compras de matérias-primas ficaram, mais uma vez, abaixo dos 50 pontos, indicando que os empresários da indústria estadual não acreditam em melhoras significativas para estas variáveis nos próximos seis meses a partir de julho”, analisou.

Confiança do Empresário - Apresentando os mais baixos patamares da série histórica, o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial em Mato Grosso do Sul), em agosto completa o 13° mês consecutivo com ídice inferior aos 50 pontos. “O ICEI marcou 39,4 pontos em agosto. O resultado permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, principalmente, pelo pessimismo apresentado em relação às atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho marcando somente 18 pontos”, analisou Ezequiel Resende.

Segundo dados da Fiems, em agosto, para 92,3% dos respondentes as condições atuais da economia brasileira pioraram, enquanto no caso da economia estadual, na mesma comparação, a piora foi apontada por 85,3% dos participantes. Com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 63,2% dos respondentes, enquanto para 32,9% elas não se alteraram. Para os próximos seis meses, 66,2% dos respondentes mostraram-se pessimistas em relação à economia brasileira, enquanto no caso da economia estadual o pessimismo foi apontado por 50,7% dos participantes da pesquisa.

Com relação ao desempenho da própria empresa, considerando os próximos seis meses, 32% dos respondentes mostraram-se pessimistas, patamar ainda próximo aos dos que acham que a situação permanecerá igual, que chegou a 42,3%. Além disso, quase dois terços dos empresários industriais do Estado não pretendem investir nos próximos seis meses, ou seja, 63,7% dos respondentes. “O indicador de intenção de investimento marcou ainda 42,5 pontos em agosto, recuo de 17,6% sobre igual mês do ano passado”, afirmou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

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