Para captar recursos, concessionária da BR-163 vai leiloar ações na bolsa
Leilão faz parte do acordo homologado pelo TCU, que trata da repactuação do contrato de duplicação da rodovia
A CCR MSVia irá ofertar ações no mercado, por meio da Bolsa de Valores, como forma de captar recursos para investimentos da empresa. Esta foi uma das condicionantes impostas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na homologação do acordo para que a concessionária repactua o contrato de duplicação da BR-163, em Mato Grosso do Sul.
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A CCR MSVia realizará uma oferta pública de ações na B3 para captar recursos destinados à duplicação da BR-163 em Mato Grosso do Sul, conforme condicionante do TCU para a repactuação do contrato de concessão. Antes da oferta, haverá consulta pública para garantir transparência e permitir a manifestação da sociedade. Essa medida visa reduzir a dívida e melhorar a alavancagem financeira da empresa, permitindo maior investimento nos R$ 9,31 bilhões previstos em obras de duplicação e melhorias na rodovia, com conclusão antecipada em cerca de cinco anos.
A empresa é responsável pela exploração de 847,20 km da rodovia no Estado. O fato relevante foi publicado pela empresa para que acionistas tenham conhecimento amplo da oferta de ações ao mercado. Antes, porém, haverá consulta pública para dar publicidade sobre os termos do compromisso, permitindo a manifestação da sociedade, em especial, dos usuários da rodovia sobre o atendimento ao interesse público.
Segundo fato relevante, as ações da CCR MSvia serão ofertadas ao mercado, por meio de um processo competitivo na B3 S.A, sendo que a companhia participará do leilão. Assim, outras empresas, além da atual concessionária, poderão fazer ofertas que melhor atendam ao interesse público.
O assessor de investimentos da Rio Negro Investimentos/XP, Fabiano Simões, explica que essa pulverização de ações é produtiva para empresa, reduz o valor de dívida e melhora a alavancagem financeira da empresa, que é a possibilidade de uma empresa aumentar seus lucros sem que as despesas financeiras cresçam na mesma proporção. “Dependendo do movimento, pode ser saudável, vai muito da análise dos investidores”.
O acordo foi firmado on dia 13 de novembro, entre Ministério dos Transportes, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a CCR MS Via, permitindo a readequação dos termos contratuais.
A proposta definiu volume de investimentos de R$ 9,31 bilhões, que deverá ser utilizado em obras imediatas de duplicação de pistas, criação de faixas adicionais, construção de vias marginais, contornos, acostamento e outras intervenções que ajudarão a reduzir o número de acidentes e melhorarão o fluxo dos veículos.
A concessionária deverá também apresentar todos os estudos, projetos e demais informações financeiras relacionadas às obras. Além disso, caso queira participar do novo processo licitatório, deverá comprovar capacidade técnica e financeira, a fim de garantir que não haverá mais entraves para a conclusão das intervenções.
Segundo informações do TCU, o acordo possibilita o adiantamento das obras em aproximadamente cinco anos em relação à situação atual, sendo a relicitação.
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