Parceria deve gerar 240 toneladas de adubo para agricultura familiar
A prefeitura fez convênio com empresas que fornecerão resíduos para produzir adubo
Uma parceria entre a Prefeitura, empresas de sementes e os restaurantes do Sesc produzirá adubo orgânico para atender produtores da agricultura familiar que cultivam hortaliças e outros alimentos na região de Campo Grande. O projeto estima a produção de 12 toneladas por mês, com duração até o final do ano que vem, chegando ao final com 240 toneladas.
A iniciativa, que ganhou o nome de Adubando Oportunidades, foi formalizada esta manhã, na sede de uma das empresas de sementes envolvidas, na saída para Cuiabá, com a presença de agricultores, de funcionários dos parceiros, da prefeita Adriane Lopes (Patriotas) e do secretário de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Luiz Spinosa Vila.
A ideia é coletar os resíduos da produção das empresas de sementes Manejo e Boi Gordo e dos restaurantes do Sesc na Capital. Esse material orgânico será transformado em adubo nas escolas agrícolas da cidade, para depois envio aos produtores.
Para as empresas, acabou sendo a solução sustentável para um resíduo que seguiria para descarte. Já o Sesc informou que entregará os resíduos da produção de alimentos separados para a compostagem.
Vila aponta que a parceria, além do aspecto da produtividade, “vai gerar mais produtividade para a nossas hortas urbanas e todos os agricultores familiares”. Já a prefeita comentou que a iniciativa reforça o apoio a este setor, vislumbrando até a exportação de produtos. Ela destacou o resultado ambientalmente positivo da ideia, que atende os objetivos elencados pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Representando a empresa Manejo, João Augusto Silva apontou como a alternativa foi positiva para o produto que seguiria para o lixo, comentando que “o descarte é problema para nós há muito tempo”.
Destinatária da iniciativa, a produtora de orgânicos Maria Aparecida Brito Cáceres comemorou a iniciativa. Ela e o marido cultivam alimentos e vendem a mercados e feiras de orgânicos, como a da Praça do Rádio, há 15 anos e precisam comprar adubo. Ela revelou que eles utilizam cama de frango, vendida por avicultores, que custa de R$ 1.200 a R$ 1.500 uma carga de caminhão com 4 toneladas. Para ela, a doação desse material aos pequenos agricultores vai estimular a produção.
A Prefeitura já vem fornecendo adubo a quem cultiva na região da Capital. Conforme os dados repassados, em 2022 houve entrega de cerca de 230 toneladas.
