Ronaldo reformou três 'latas velhas' para presentear os amigos
Administrador não é o Luciano Huck e nem faz parte do quadro “Lata Velha”, mas bem que poderia ser
Ele não é o Luciano Huck nem faz parte do quadro “Lata Velha”, mas bem que poderia. Ronaldo Melo Bueno, de 56 anos, é aquele amigo que todo mundo sonha em ter, porque além de bom de papo, também reforma carros antigos para presentear os amigos.
Administrador de empresas, Ronaldo mora em Campo Grande e tem paixão por máquinas clássicas. Para ele, cada carro é mais que um meio de transporte, é história e aventura sobre rodas. “Eu sempre tive uma queda por carro antigo. Eu falei pra mim mesmo que um dia eu ainda teria um’”, conta.
E não ficou só na vontade. Hoje, Ronaldo é dono de três Opalas e um Fusca, todos que ele mesmo restaurou. “Eu comecei com um Fusco, a uns 12 anos atrás, mas tive que vender porque minha esposa bateu. Aí botei na cabeça que eu ia comprar outro”, lembra.
O sonho virou realidade e hoje ele tem um Fusca Itamar 1993, branco e preto, além de um Opala 78 SS preto, apelidado de “Bandidão”, um Opala 1991 vinho, e outro Opala 1991 verde musgo.
O xodó “Bandidão” surgiu de uma brincadeira em um evento. “Um rapaz disse que se eu pintasse tudo de preto, ele vai ficar Bandidão. Aí fui escurecendo ele e ficou o Bandidão”, detalha.
Mas a generosidade de Ronaldo foi além do próprio quintal. Ele já reformou dois carros para amigos e está terminando o terceiro. “O primeiro foi uma Brasília que eu fiz para um amigo meu, o Júnior. Eu fiz a Brasília toda e doei para ele”, relata.
A entrega foi feita em uma evento automotivo. “Ele me abraçou sem acreditar. Foi um momento bem emocionante’”, relembra.
Depois, Ronaldo fez um Opala bege para o amigo Marcelo. E agora, está finalizando um Opala vermelho SS para Vinícius. “Eu estou no último projeto agora e quero ver se eu entrego ainda esse ano”, antecipa.
A emoção maior, para ele, não é o processo de funilaria ou a escolha da tapeçaria, mas o momento final. “O prazeroso é como eu entrego o carro pronto para a pessoa. Fazer uma pessoa de 50, 60 anos se motivar e se emocionar é a grande virtude”, resume.
Na hora de reformar, Ronaldo segue um ritual. “Existe três etapas na reforma no carro, a funilaria e pintura, tapeçaria e o acabamento. Sempre digo que não tem que ter pobreza, fazendo bem feito, você faz uma vez só. A terceira etapa de finalização são os mimos. Uma lanterna nova, friso no lugar, as rodas”, explica.

Fora os projetos para os amigos, os próprios carros também são tratados como relíquias. “Você só sabe o valor que tem um carro desse quando você é filmado. Chega em um evento e alguém faz vídeo, elogia. Isso é bacana’”, pontua.
Segundo ele, os carros relíquias não saem todos os dias da garagem, são vistos nas ruas mais aos fins de semana ou em momentos especiais. “O meu carro do dia a dia é o Fiat Mlli. Esse é o que faz correria”, finaliza.
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