Preço da gasolina cai R$ 0,10 e frentistas têm expectativa de novas baixas
Reportagem foi para as ruas conferir se redução anunciada pela Petrobras chegou nas bombas
Após sucessivas reduções no preço dos combustíveis vendidos às refinarias, anunciadas pela Petrobras, os consumidores de Campo Grande começam a perceber alguma diferença nas bombas. Ainda assim, a mudança não é generalizada.
RESUMO
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Os preços dos combustíveis em Campo Grande começam a apresentar reduções em alguns estabelecimentos, após sucessivos anúncios de queda pela Petrobras. Motoristas relatam diminuição de até R$ 0,10 em determinados postos, embora a redução ainda não seja generalizada na capital. Nos postos visitados pela reportagem, a gasolina variava entre R$ 5,66 e R$ 5,79, o diesel entre R$ 5,75 e R$ 5,99, e o etanol entre R$ 3,65 e R$ 3,79. Frentistas projetam novas quedas nos valores, enquanto a AGU solicitou investigação sobre possível retenção de repasses pelas distribuidoras e postos.
O motorista de aplicativo Rafael Pereira, de 33 anos, relatou que observou queda de até R$ 0,10 em alguns estabelecimentos, mas afirma que muitos continuam praticando os mesmos valores. “Qualquer redução é bem-vinda, mas acho difícil que o preço caia mais nos próximos dias”, avaliou.
Ao contrário do que Rafael acredita, parte dos frentistas ouvidos pelo Campo Grande News neste domingo (20) projeta novas quedas. Kito Cerciliano, do Posto Eloy, contou que houve redução de quase R$ 0,10 nos preços ao longo da semana, atingindo todos os combustíveis comercializados no local.
“Essa redução já estava prevista, e deve haver mais. Não sabemos exatamente quando, mas pode ser de R$ 0,07 a R$ 0,10 também. Com a queda, o movimento aumentou de 30% a 40%”, relatou o frentista.
Apesar da expectativa de continuidade na queda, não há consenso entre os postos. Joyce Sol, de 47 anos, que trabalha em uma unidade da Petrobras, disse que neste sábado (19) o preço da gasolina caiu de R$ 5,65 para R$ 5,59, e neste domingo foi a vez do etanol, de R$ 3,65 para R$ 3,59. “Por enquanto, não deve haver nova redução nesta semana, mas os clientes já perceberam e comentam a diferença”, afirmou.
Danilo Mendes, de 22 anos, frentista em um posto da bandeira Atem, informou que não há previsão de queda na gasolina. No local, a única redução feita foi no diesel, de R$ 3,74 para R$ 3,69, e por decisão da própria gerência, sem relação direta com as reduções das refinarias.
Nos postos visitados pela reportagem, a gasolina variava entre R$ 5,66 e R$ 5,79; o diesel, entre R$ 5,75 e R$ 5,99; e o etanol, entre R$ 3,65 e R$ 3,79.
No início do mês, o Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) afirmou acreditar que os repasses aos consumidores estavam sendo feitos, destacando que Campo Grande tem um dos menores preços médios do país. O sindicato também ressaltou que não tem autoridade para interferir nos reajustes, sejam eles de aumento ou redução.
“No Brasil, os preços seguem o modelo de mercado livre, e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) proíbe qualquer tipo de coordenação de preços”, explicou o sindicato.
Ainda assim, a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou, no início do mês, a abertura de uma investigação para apurar possíveis indícios de que distribuidoras e postos estariam retendo os repasses das quedas nos preços das refinarias, obtendo lucro com a diferença.
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