Reajuste do gás encarece custos e afeta Mato Grosso do Sul
Valor maior do insumo pressiona preços de produtos finais e também pesa no bolso de consumidores
Um ajuste nas tarifas do gás natural aprovado por governos estaduais gerou um custo extra estimado em R$ 600 milhões para indústrias e consumidores em sete estados, entre eles Mato Grosso do Sul. As informações são da Folha de S.Paulo, divulgada nesta segunda-feira (22) com base em levantamento do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
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Segundo o instituto, o aumento não está ligado ao preço do gás vendido pelas produtoras. Em outubro, a Petrobras anunciou redução média de 1,7% no valor do gás para o trimestre iniciado em novembro. Mesmo assim, revisões tarifárias feitas por distribuidoras estaduais elevaram o custo final para quem consome o insumo.
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Além de Mato Grosso do Sul, os reajustes ocorreram em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Pernambuco. O IBP aponta que, em alguns estados, os aumentos foram aprovados em processos de revisão com menos de duas semanas de duração, prazo considerado insuficiente para uma análise técnica mais aprofundada.
Como a indústria é o principal destino do gás natural, o encarecimento da tarifa tende a ter efeito em cadeia. De acordo com o instituto, o custo maior do insumo pressiona preços de produtos finais e também pesa no bolso de consumidores residenciais que utilizam gás encanado. Traduzindo do economês para o português claro: a conta não para na fábrica, ela escorre até o supermercado e a casa das pessoas.
A reportagem da Folha informa ainda que o Ministério de Minas e Energia prepara um posicionamento para reforçar que a alta das tarifas estaduais não tem relação com a política de preços da Petrobras. A estratégia é afastar da estatal a responsabilidade pelo aumento percebido pelos consumidores.
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