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Economia

Somente 36% dos microempresários de MS contribuem para previdência

No Estado, apenas 73% dos empreendedores com CNPJ contribuem para a previdência

Gabriel Neris | 19/08/2019 14:01
Cliente observa produtos de loja de moda feminina na Capital (Foto: Arquivo)
Cliente observa produtos de loja de moda feminina na Capital (Foto: Arquivo)

Entre 364 mil donos de negócios, somente 36% contribuem para a previdência, colocando Mato Grosso do Sul em 9º lugar no ranking nacional. É o que aponta o estudo do Sebrae, elaborado a partir da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conforme o levantamento, o número de empreendedores que recolhem contribuições é baixo em todo o Brasil. Dos 28,2 milhões de donos dos negócios brasileiros, 37% são segurados da previdência, ou seja, a cada 10 empresários, 4 são contribuintes.

Sandra Amarilha, gerente de Gestão Estratégica do Sebrae, analisa que há um descrédito da previdência para população. A situação econômica do país também é visto como um entrave.

“O brasileiro tem um sendo imediatista, não pensa que vai sofrer acidentes ou que vai precisar da previdência. O desemprego também é um problema, e os profissionais autônomos não conseguem renda extra para pensar no futuro, eles vivem no limite. Colocam a sobrevivência em primeiro lugar”, explica.

O estudo aponta que a formalização está diretamente ligada à contribuição previdenciária. Em Mato Grosso do Sul, apenas 73% dos empreendedores com CNPJ contribuem para a previdência. Já no caso dos sem CNPJ, a proporção cai para 19%. O setor que mais contribui no Estado é o da agropecuária, representando por 47% dos donos de negócios.

A escolaridade também tem influência direta no resultado. O empreendedor mais estruturado, que formaliza o negócio e aderece à previdência, tem maior grau de escolaridade, enquanto os menos estruturados, informais, sem sócios e empregados, com menor proporção de contribuintes, são aqueles com menor grau de escolaridade.

O estudo analisou dados do primeiro trimestre do ano e foi realizado com os chamados “donos de negócios”, termo que reúne empregadores que exploram o próprio empreendimento com ao menos um funcionário, como os MEI (Microempreendedores Individuais) e os por conta própria, que atuam sozinhos ou com um sócio, mas sem empregados. Neste caso, podem ser empreendedores formalizados, como as ME (Microempresas) ou informais.

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