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Educação e Tecnologia

Em parceria com governo dos EUA, cientistas de MS pesquisam uso de fertilizantes

Em estudo a longo prazo, pesquisadores da UEMS avaliarão benefícios e impactos de produtos agrícolas no solo

Guilherme Correia | 02/01/2022 10:39
Na foto de cima, solo analisado em pesquisa no estado de Oklahoma, nos EUA. Abaixo, território em Mundo Novo, em MS. (Foto: Reprodução/Governo estadual)
Na foto de cima, solo analisado em pesquisa no estado de Oklahoma, nos EUA. Abaixo, território em Mundo Novo, em MS. (Foto: Reprodução/Governo estadual)

Projeto elaborado por pesquisadores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Mundo Novo, a 463 quilômetros de Campo Grande, em parceria com integrantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, visa avaliar, a longo prazo, a viabilidade do uso de diferentes produtos agrícolas para produzir fertilizantes.

O objetivo é elaborar substâncias organominerais e avaliar seus efeitos na qualidade física, química e biológica do solo, na produtividade das culturas agrícolas, além de mensurar os impactos na emissão de gases de efeito estufa e a estocagem de carbono no solo.

De acordo com o gerente da unidade de pesquisa da UEMS do município, Leandro Marciano Marra, explica que o solo da região possui altitude média de 270 metros e um relevo ondulado. Nos EUA, os ensaios serão implantados no estado de Oklahoma, região de destaque na agricultura americana.

"A parceria será desenvolvida a longo prazo, e terá como objetivo a implantação de áreas experimentais em ambos os países. No Brasil, os experimentos serão instalados no campus III da UEMS de Mundo Novo, em uma área que apresenta solo de textura arenosa, com condições de dois cultivos comerciais ao ano."

A temática do projeto está alinhada às principais políticas públicas estaduais para gestão ambiental, tais como a redução do uso de carbono, por meio do Plano Estado Carbono Neutro em 2030, apresentado pela gestão do Estado na 26ª COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas).

Além disso, resultados obtidos fornecerão ao Estado métricas que comprovem a adesão e comprometimento com às campanhas “Race to Zero” e “Under2° Coalition”, ambas organizadas na ONU (Organização das Nações Unidas).

Também estima-se que poderá contribuir num planejamento para substituição de fertilizantes minerais por organominerais, a fim de melhorar a qualidade dos solos e o seu impacto na emissão de gases de efeito estufa.

"Passamos por uma crise no fornecimento de fertilizantes minerais, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, o que torna mais interessante o estudo de fontes alternativas de fertilizantes em condições edafoclimáticas distintas”, diz o professor Tiago Zoz.

Posteriormente, a UEMS avalia realizar convênio entre a instituição e o Departamento, possibilitando enviar estudantes para intercâmbios e estágios no país americano.

A reunião foi feita no mês de dezembro pelos professores doutores Leandro Marciano Marra, Tiago Zoz, Leandro Fleck, Selene Cristina de Pierri Castilho e Jean Sérgio Rosset, além do pesquisador do Laboratório de Pesquisa em Pastagem, Dr. Travis Witt, vinculado à pasta do governo estadunidense.

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