MS ocupa 12º lugar no mercado de software no Brasil
Estado representa 1,39% do mercado nacional; São Paulo concentrando fatia de 35,9%
Apesar de avanços pontuais no setor de tecnologia da informação, Mato Grosso do Sul ainda tem desempenho modesto quando comparado a estados que lideram o mercado nacional.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul apresenta desempenho modesto no setor de tecnologia da informação, ocupando a 12ª posição no ranking nacional de movimentação interna de software, com US$ 209 milhões em 2023, representando 1,39% do total nacional. O estado está distante dos principais polos de inovação do Brasil, como São Paulo e Santa Catarina. No mercado de serviços de tecnologia, MS movimentou US$ 262 milhões, ocupando a 11ª posição nacional. Apesar do crescimento, o estado ainda não é um dos principais centros de tecnologia do país.
Isso é o que mostra levantamento da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), que coloca o Estado na 12ª posição no ranking nacional de movimentação interna no setor de software, com US$ 209 milhões em 2023 — o que representa 1,39% do total nacional.
Esse valor corresponde ao chamado mercado interno, ou seja, o volume financeiro movimentado dentro do próprio Estado com a venda e uso de softwares, sem considerar exportações. A ABES também calcula a participação de cada estado no mercado nacional, indicador que aparece como “share” na tabela e que mostra o peso proporcional de cada unidade da federação no setor.
No topo da lista está São Paulo, com US$ 5,39 bilhões, concentrando 35,9% de todo o mercado de software no País. Na outra ponta, Roraima aparece na última posição, com US$ 15 milhões, equivalente a 0,1% do total.
Logo acima de MS aparece Santa Catarina, com US$ 420 milhões e 2,79% de participação — mais do que o dobro do volume sul-mato-grossense. O estado catarinense é frequentemente citado como um dos grandes polos de inovação do Brasil, com ecossistemas consolidados em cidades como Florianópolis, Joinville e Blumenau.
Na capital catarinense, por exemplo, o setor de tecnologia representa 25% do PIB (Produto Interno Bruto) municipal.
Abaixo de MS, aparecem o Rio Grande do Norte (US$ 108 milhões), Maranhão (US$ 98 milhões) e Paraíba (US$ 78 milhões), todos com menos de 1% de participação no mercado nacional.
Já no mercado de serviços ligados à tecnologia — que inclui atividades como suporte técnico, desenvolvimento de sistemas sob demanda, consultorias especializadas e infraestrutura em nuvem — MS teve um desempenho ligeiramente melhor: movimentou US$ 262 milhões, o que representa 2,38% do total nacional, posicionando-se como o 11º estado mais relevante nesse segmento.
Potencial em crescimento — Atualmente, não existem dados específicos sobre o PIB do setor de tecnologia no Estado, mas análises nacionais indicam que MS está distante dos principais centros brasileiros de tecnologia — como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Segundo o IBID (Índice Brasileiro de Inovação e Desenvolvimento), estados do Sudeste e Sul lideram em inovação.
Entre 2020 e 2024, dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do governo federal, mostram que o Estado foi responsável por apenas 0,52% do saldo de empregos formais nas atividades dos serviços de TI em todo o Brasil.
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