Pais dão apoio emocional e empurrãozinho final aos filhos no vestibular da UFMS
Candidatos e pais vivenciam dia de nervosismo, expectativa e companheirismo em busca de vagas na universidade
Neste domingo (1º), o campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) se tornou palco de expectativas para milhares de estudantes e suas famílias. A aplicação das provas do vestibular 2024, que somou 49,8 mil inscritos em todo o Estado, mobilizou jovens que sonham com o ingresso no ensino superior e pais determinados a dar o suporte necessário para os filhos em um dos momentos mais marcantes de suas vidas.
A seleção oferece vagas em mais de 130 cursos de graduação presenciais e a distância, e a competição é acirrada. Para muitos, como Mariane Matos, de 17 anos, que sonha em cursar Medicina, o vestibular é mais do que um exame para testar seus conhecimentos, é o início de uma trajetória.
“Desde pequena quis ser médica. Sempre fui estimulada pelos professores a me preparar para a UFMS. Minha rotina era puxada: escola de manhã, estudos complementares à tarde e simulados aos fins de semana. Fiz o Enem e me sinto preparada, mas, se não for agora, está tudo bem. Vou continuar tentando”, disse a estudante.
Ao lado de Mariane estava o pai, Noé Oliveira de Souza, de 56 anos, empresário. Ele fez questão de acompanhá-la até o local da prova, ciente da importância de seu papel nesse momento. “Essa é uma fase muito significativa na vida dela. Nós, como pais, temos que dar o máximo de apoio e confiar em Deus. Ela se dedicou, e agora é hora de demonstrar que estamos com ela”, disse.
Outra candidata, Rafaela Canzi Dualibi, também de 17 anos, contou com a companhia da mãe, Raquel Canzi, 56, advogada, que trouxe até um chimarrão para o momento. “O chimarrão é um momento de proximidade enquanto conversamos. Acredito que, se eu estiver aqui, ela fará a prova mais tranquila. É o primeiro vestibular dela, e nossa expectativa é que ela faça sem pressão”, afirmou Raquel.
Rafaela, que também pretende ingressar em Medicina, falou sobre a preparação intensa. “Já tentei outros vestibulares, mas não passei. Agora estou confiante. Fiz cursinho e foquei bastante na redação, que sempre foi meu ponto fraco. Estudava durante o dia e, à noite, ia até tarde revisando. Acredito que dessa vez eu esteja mais pronta.”
A movimentação na Cidade Universitária também contou com a presença de Viviane Fernandes, do lar, de 47 anos, que levou a filha Mariane Fernandes, de 18 anos, até o local de prova. Para Viviane, a presença de um familiar é essencial para acalmar os ânimos. “Sempre levo minha filha e oramos antes. Isso ajuda a deixá-la mais tranquila. Ela estudou muito, fez cursinho e se dedicou, mas, se não for dessa vez, vamos continuar apoiando, sem pressão. O importante é ela saber que estamos aqui.”
Mariane, por sua vez, além de confiante e preparada, demonstrou maturidade ao encarar o desafio. “Estudei bastante, todos os dias, e descansava apenas no domingo. Não quero criar expectativas para não me frustrar. Mas sei que fiz o que podia e, se não der certo, continuarei tentando.”
As provas, que incluem 60 questões de múltipla escolha e uma redação, foram realizadas das 8h às 13h (horário de Mato Grosso do Sul). No próximo domingo, dia 8, será a vez dos estudantes do Passe (Programa de Avaliação Seriada Seletiva) realizarem as provas das três etapas.
O cronograma prevê a divulgação do gabarito preliminar já nesta terça-feira, 3 de dezembro, e o resultado final será anunciado em 4 de fevereiro de 2024.
Apesar da grande quantidade de inscritos, o trânsito ao redor do campus, especialmente na movimentada Avenida Costa e Silva, fluiu bem, com apenas alguns momentos de maior intensidade na entrada da Cidade Universitária.
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