FFMS nega apoio a Ronaldo Fenômeno e mantém aliança com Ednaldo Rodrigues
Ex-atacante buscava apoio para concorrer à presidência da CBF, mas federações, incluindo a FFMS, recusaram
A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) foi uma das federações que negaram apoio ao ex-atacante e gestor Ronaldo Nazário, conhecido como Ronaldo Fenômeno, na sua tentativa de candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sob o comando de Estevão Petrallás, a entidade que gere o futebol estadual reforçou o apoio ao atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
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A Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) negou apoio à candidatura de Ronaldo Fenômeno à presidência da CBF, mantendo aliança com o atual presidente Ednaldo Rodrigues. Ronaldo, que buscava apoio das 27 federações estaduais, desistiu da candidatura após não obter respaldo suficiente. A FFMS, liderada por Estevão Petrallás, destacou confiança na gestão de Rodrigues, que pode se reeleger até 2026. A decisão de apoiar Rodrigues reflete a continuidade de uma aliança já existente, reforçada por mudanças recentes que permitem reeleições duplas na CBF.
O caso veio à tona nesta quarta-feira (12), quando Ronaldo publicou uma nota nas redes sociais anunciando sua desistência da candidatura. O ex-jogador, que já foi proprietário do Cruzeiro, tentou contato com as 27 federações estaduais para apresentar seu projeto como pré-candidato para o pleito de 2026, mas não obteve o respaldo necessário.
"Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião", afirmou Ronaldo.
Campeão do mundo com o Brasil em 1994 e 2002, Ronaldo enviou e-mails às federações estaduais. A FFMS respondeu em fevereiro, reforçando o apoio à atual gestão da CBF. Em carta assinada por Estevão Petrallás, a federação sul-mato-grossense destacou a confiança no trabalho de Ednaldo Rodrigues.
Podemos testemunhar o comprometimento da gestão do presidente Ednaldo Rodrigues Gomes com as normas de governança e compliance. Desde já, manifesto meu apoio a eleição do atual presidente, tendo em vista a convicção no bom trabalho já realizado e no sólido projeto futuro para a entidade", disse o presidente da FFMS em carta.
Para concorrer à presidência da CBF, um candidato precisa do apoio de quatro presidentes de federações e quatro clubes das Séries A ou B do Campeonato Brasileiro. O sistema de votação considera os 27 presidentes das federações estaduais, cujos votos têm peso três, os 20 clubes da Série A, com peso dois, e os 20 times da Série B, com peso um. Se um candidato obtiver o apoio das 27 federações estaduais, alcança 72 pontos e garante a eleição, já que os clubes, juntos, somam no máximo 69 pontos.
O mandato de Ednaldo Rodrigues vai até 23 de março de 2026. Em 8 de novembro de 2023, a assembleia geral extraordinária aprovou, por unanimidade, a possibilidade de reeleição dupla para a presidência da CBF, permitindo que um mandatário permaneça no cargo por até 12 anos. Antes, o limite era de uma única reeleição, totalizando oito anos. Estevão Petrallás esteve presente nessa votação, representando Mato Grosso do Sul.
O apoio da FFMS a Ednaldo Rodrigues não é recente. O ex-presidente da federação, Francisco Cezário de Oliveira, já demonstrava alinhamento com a atual gestão da CBF. Em fevereiro de 2024, Cezário participou do evento que oficializou a nomeação de Rodrigo Caetano como coordenador executivo geral das seleções brasileiras masculinas, antes de todo o processo envolvendo a Operação Cartão Vermelho.
Confira a íntegra da carta de Estevão à Ronaldo:
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