Reabertura parcial do Morenão ganha força com compromisso do ministro do Esporte
Projeto prevê reabertura 12 mil torcedores e ministro André Fufuca se comprometeu a analisar viabilidade

A reabertura do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, o Morenão, recebeu nesta segunda-feira (7) atenção do governo federal. Uma comitiva composta pela senadora Soraya Thronicke (Podemos), pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) e pelo secretário estadual de Turismo, Cultura e Esporte, Marcelo Miranda, se reuniu com o ministro do Esporte, André Fufuca, para apresentar um projeto de reforma e reestruturação do estádio, fechado para jogos desde 2022.
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O Estádio Universitário Pedro Pedrossian, conhecido como Morenão, pode ter sua reabertura parcial viabilizada após reunião entre autoridades estaduais e o ministro do Esporte, André Fufuca. O projeto inicial prevê capacidade para 12 mil torcedores e conta com apoio do governo federal para liberação de recursos ainda este ano. O estádio, fechado desde 2022, necessita de adequações em acessibilidade, sistema elétrico e proteção contra descargas atmosféricas. Em 2023, um convênio de R$ 9,4 milhões entre o Governo do Estado e a UFMS resultou em melhorias parciais, mas R$ 7,8 milhões foram devolvidos sem a conclusão das obras previstas.
O projeto inicial prevê uma reabertura parcial do Morenão, com capacidade para até 12 mil torcedores, como etapa inicial antes de buscar PPP (Parcerias Público-Privadas) que acelerem a recuperação completa do espaço.
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Durante a reunião, o ministro Fufuca demonstrou apoio à iniciativa e se comprometeu a analisar o projeto para viabilizar parte dos recursos ainda este ano. Ele também sugeriu que a adoção de modelos de PPP poderia ser uma alternativa eficiente para garantir a manutenção e sustentabilidade do estádio a longo prazo.
O secretário Marcelo Miranda reforçou a relevância da recuperação do Morenão para o futebol estadual. “O Morenão é o principal estádio do estado, com uma estrutura e arquitetura incríveis. Estamos em um momento de retomada do futebol, mas a UFMS não tem condições de arcar com a reforma. O certo é investir em infraestrutura esportiva para reduzir a dependência dos clubes”, afirmou.
O deputado Pedro Pedrossian Neto destacou que a reabertura parcial do estádio representa um passo inicial estratégico. “Queremos reabrir, ainda que parcialmente, para pedalar essa bicicleta, e então buscarmos parcerias privadas. Queremos abrir a parte coberta, que tem capacidade para 12 mil pessoas”, explicou.
A senadora Soraya Thronicke acrescentou que o apoio ao esporte é prioridade, citando iniciativas já realizadas no estado, mas reforçou que o foco da reunião foi avançar na viabilização do projeto para devolver à população um dos principais símbolos da tradição esportiva de Mato Grosso do Sul.
“Desde o início do meu trabalho no Senado, tenho buscado fortalecer o esporte como ferramenta de inclusão e desenvolvimento. Já destinei mais de R$ 5 milhões para Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, e quero ampliar esse alcance, especialmente para os clubes de futebol, apesar das barreiras burocráticas. O esporte transforma vidas e é isso que queremos incentivar”, afirmou.
Um levantamento inicial apontou as principais necessidades para que o estádio volte a receber público, incluindo obras de acessibilidade, instalação de corrimãos, adequações nas saídas de emergência, reforço do sistema elétrico e a implantação do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). Além de laudos e licenças.
Exigências e impasses anteriores - Em 2023, o Governo do Estado firmou convênio de R$ 9,4 milhões com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), administradora do estádio, para reformas estruturais. Parte dos recursos, cerca de R$ 3,6 milhões, foi aplicado em melhorias de banheiros, rampas de acesso e estrutura de um museu. O restante, aproximadamente R$ 7,8 milhões, acabou devolvido pela universidade, e o termo de fomento foi encerrado sem a conclusão das obras.
Desde então, a gestão do estádio passou a ser objeto de negociação entre a UFMS e o Estado. Apesar de a universidade ter autorizado a delegação de uso, exigências como destinação de outorgas à instituição e reserva de espaços internos travaram a formalização do convênio. Após meses de impasse, a UFMS recuou dessas condições, destravando o processo, que agora depende apenas da formalização jurídica da transferência.