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Batalha sobre impeachment é a tônica no Facebook de políticos

Waldemar Gonçalves | 15/04/2016 06:00

Termômetro – Acompanhar as redes sociais de parlamentares federais de Mato Grosso do Sul dá boa mostra dos ânimos em Brasília às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma. A deputada Tereza Cristina (PSB), por exemplo, postou no Facebook ontem, tão logo o rito foi divulgado pela Câmara dos Deputados, que será a sexta a votar pela bancada estadual e 116ª pela chamada crescente. Ela votará contra a petista.

Situação e oposição – Já o também deputado José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, fez postagem questionando o “clima de vitória da oposição”. “É apenas um artifício para tentar ganhar a votação no grito”, escreveu, citando outra postagem a respeito, feita pelo governador Flávio Dino, petista do Maranhão, sobre o mesmo assunto. Já Carlos Marun não perdeu tempo. Seu ‘bom dia’ no Facebook foi seguido da célebre “coisas boas vão para que melhores possam vir”.

E o aumento? – O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), precisa de um plano B para destravar o reajuste salarial dos servidores, já que não teve resposta da Justiça Eleitoral sobre o índice que pode ser aplicado em ano de eleição. Para o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), se o Tribunal Regional Eleitoral não se manifestar, resta a Bernal contar com os juristas da prefeitura. “Ele precisa resolver com os procuradores do município e mandar (o projeto de reajuste) para a Câmara ainda este mês. A gente vai aprovar, mas se tiver de acordo com as categorias”, diz.

Nem tanto, nem tão pouco – A Câmara Municipal nem parece a mesma da semana passada. Vereadores tranquilos, quase sem gritaria e quase nenhum projeto votado. Na quinta-feira (13), a última sessão da semana chegou a ser um tanto monótona.

PMDB ansioso – A vereadora Carla Stephanini disse estar pensando seriamente em acompanhar de perto as votações pelo impeachment de Dilma Rousseff, no domingo. Questionada se participaria de algum movimento contrário ao governo petista, abriu um sorriso, dizendo: “há possibilidade, inclusive, de eu ir a Brasilia, vamos ver...”, confirmando que a ânsia de ver o PT cair está cada dia maior entre peemedebistas.

Quero aparecer – Na ânsia de ser prefeito de Campo Grande, o pré-candidato e vereador Marcos Alex (PT) busca mídia espontânea. Ao conceder entrevista ao Campo Grande News, fez questão de perguntar: “Essas entrevistas suas são publicadas? Eu não vejo!”, reclamou o petista.

Fura fila – O deputado estadual Pedro Kemp (PT) reclamou que a mesa diretora da Assembleia Legislativa colocou um projeto do Governo do Estado para votar na frente de outras matérias. Ele ponderou que, como gerou dúvidas nos deputados, a oposição ficou prejudicada na hora de debater o assunto.

Não furou – Onevan de Matos (PSDB), então presidindo a sessão, disse que em nenhum momento houve a intenção de beneficiar o Governo, apenas um lapso na colocação do projeto que ficou na frente dos demais. “Não acredito que houve qualquer prejuízo à oposição”. Após a troca de farpas, os projetos continuaram a serem votados na Assembleia.

Sem influência – O deputado estadual George Takimoto (PDT) acredita que a exoneração de Yves Drosghic, indicado pedetista na superintendência do Ministério do Trabalho em Mato Grosso do Sul, não influenciará o voto do deputado Dagoberto Nogueira sobre o impeachment da presidente Dilma. “Ele vai seguir o que a direção nacional decidir”. Dagoberto, no entanto, não se manifestou publicamente a respeito.

Agradecido – O exonerado, por sua vez, foi ao Facebook comentar o ocorrido. “Quero agradecer as manifestações de solidariedade de todos. Foram dezenas de ligações e mensagens de elogios ao nosso trabalho à frente da superintendência! De todas as tendências e partidos (inclusive do PT). Quero agradecer a oportunidade que o PDT através do DEP. Dagoberto e do dr. João Leite Schimidt me deram ao me indicar pro cargo. Devo tdo ao PDT, meu partido!!!!”, digitou.

(com a redação)

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