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Crise põe na geladeira projeto de passarela em shopping

Marta Ferreira | 17/07/2017 06:00

Plano esquecido - Em agosto de 2014, o shopping Pátio Central inaugurou uma expansão em moldes inéditos em Campo Grande: uma loja que é do mix do centro comercial mas fica fora dele, a C&A. À época, a ideia era fazer a ligação, posteriormente, por meio de uma passarela no alto, entre os dois prédios. Três anos e uma crise econômica depois, nem se fala no assunto.

Reflexo- Em vez de novos projetos, aliás, o centro de Campo Grande, assim como várias regiões de comércio, padece com o fechamento de lojas. Galerias inteiras estão fechadas, com prédios à espera de locadores, inclusive centros de comércio popular, como o antigo shopping Pantanal. Antes movimentado, agora o espaço é uma sequência de vitrines com placas de aluga-se, com frentes para as ruas Dom Aquino e Candido Mariano Rondon.

Oferta – O vereador Vinícius Siqueira (DEM) revelou-se indignado com o fato de o PT regional ter dado calote em trabalhadores demitidos pela nova gestão, comandada por Zeca do PT. Além de apontar a ironia disso acontecer justo com a legenda surgida a partir do movimento sindical, ofereceu serviços jurídicos aos ex-funcionários afetados.

Discurso – Contumaz crítico do PT, Siqueira tentou adotar discurso de indiferença em relação à condenação do ex-presidente Lula na última sessão antes do recesso. Ele se inscreveu para discursar na tribuna da Câmara da Capital e, em seguida, Ayrton Araújo (PT) também se escalou para falar. A ordem das inscrições criou expectativa de embate acalorado, mas não foi bem assim.

"Cachorro morto" - Siqueira não falou o nome de Lula, alegando "não ser medieval a ponto de segurar a cabeça decapitada do meu inimigo pelo cabelo". Declarou apenas que "eles merecem a indiferença". Ayrton, do seu lado, defendeu o líder petista, dizendo que a condenação foi uma "cortina" para as denúncias contra o presiente Michel Temer (PMDB).

Em produção - Pouco falada de forma aberta entre os membros do Judiciário em Mato Grosso do Sul, a situação dos índios é um dos temas de livro que está em fase de pesquisa de campo, com previsão de visita a quatro aldeias no sul do estado. O autor é o desembargador federal Nery da Costa Junior, titular do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sediado em São Paulo, com jurisdição sobre MS. O título escolhido foi Che Tiempo Guare, o equivalente na língua guarani a “minhas saudades”.

Sem receio – Para esta coluna, o desembargador afirmou que a obra vai tratar de memórias históricas e culturais da região, e os índios não poderiam ficar de fora. Nery não vê risco de desagradar lados em uma região em que a disputa de terras é sempre motivo de polêmica. Para ele, o quadro é muito claro: o Poder Público é quem está de costas tanto para as necessidades dos índios quanto para a dos produtores que receberam títulos de terras. 

Biografia - Nery é nascido em Amambai, na fronteira do Brasil com o Paraguai, estudou em escola local, fez faculdade na atual UCDB, em Campo Grande, e foi nomeado para o TRF3 na cota da advocacia. Em 2013, chegou a ficar afastado do Tribunal, em razão de suspeita de beneficiar um frigorífico na região de Ponta Porã com sua atuação no tribunal, mas foi reconduzido e inocentado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Engano – Quem passou perto do mercadão de Campo Grande neste domingo (16), no meio da manhã) assustou-se com o que parecia ser fumaça. Até os bombeiros foram acionados, mas não era fogo. Era dedetização do tradicional espaço de comercialização de produtos regionais

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