Frente para favelas nasce na Capital que jura não ter favelas
Nova frente – O presidente da Câmara, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), aprovou instalação e nomeou os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa das Favelas e Respeito à Cidadania de seus Moradores, na Câmara Municipal. O colegiado terá como membros Luiza Ribeiro (PT), Neto Santos (Republicanos), Junior Coringa (MDB), Landmark (PT), Jean Ferreira (PT) e Carlão (PSB), este último que iniciou sua trajetória política como lider de movimento de favelas, a UCAF (União Campo-grandense de Associações de Moradores em Favelas, Assentamentos e Núcleos Habitacionais).
Tem ou não? Campo Grande já ostentou o título de “capital sem favelas”, mas os dados atuais mostram outra realidade. O Mapa da Desigualdade entre as Capitais, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, aponta a Campo Grande como a que possui menor percentual de domicílios em favelas (1,4%). Ainda assim, último levantamento do IBGE revela que o número de favelas saltou de 3, em 2010, para 38 atualmente.
Comida na mesa - Outra Frente Parlamentar instalada foi a de Defesa da Segurança Alimentar e Nutricional, composta por Landmark, Luiza Ribeiro e Jean Ferreira (PT), Wilson Lands, Leinha (Avante) e Marquinhos Trad (PDT). Os atos foram publicados nesta quarta-feira (10) e já estão em vigor.
Vai dar barulho – O deputado Zeca do PT pediu a reserva do Plenarinho da Assembleia Legislativa para o dia 22 de setembro, para uma reunião que sempre gera polêmica: a discussão sobre reforma agrária em Mato Grosso do Sul. O encontro vai reunir representantes de movimentos sociais, da secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fernanda Machiaveli, e do presidente nacional do INCRA, César Aldrighi.
Nem aqui tem – A luta por hospital veterinário, que há décadas é usado como promessa de campanha em Campo Grande, agora é reivindicação em Dourados. O assunto entrou na pauta política. A deputada Gleice Jane (PT) apresentou indicação para a criação de um hospital veterinário público voltado ao atendimento de animais silvestres.
Acidentes - Na justificativa, a parlamentar argumenta que a expansão do agronegócio, a urbanização e o alto número de atropelamentos têm aumentado a demanda por resgate e reabilitação desses animais. O projeto, segundo ela, traria impacto direto na conservação da fauna, na saúde pública e até no combate ao tráfico de animais. Mas, como envolve recursos e atribuições que dividem responsabilidades entre Saúde e Meio Ambiente, a proposta já nasce com potencial para gerar quebra-pau político.
Aproveitando – O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) decidiu transferir aos conselheiros substitutos a tarefa de julgar processos ligados à contratação de servidores e concessão de aposentadorias. A decisão, publicada no Diário Oficial da Corte nesta quarta-feira (10), passa para os substitutos a análise de milhares de processos repetitivos e de rotina, liberando os titulares para se dedicar a casos mais complexos, como licitações e contratos.
Como será – Na prática, os conselheiros precisam analisar e aprovar cada aposentadoria de servidor público e toda contratação feita no Estado, um volume enorme que se acumula na pauta do tribunal. Com a mudança, os substitutos passam a decidir sozinhos esses casos, e os processos já em andamento serão redistribuídos automaticamente por sorteio no sistema.
Mistério após demora – Em reunião a portas fechadas nesta quarta-feira (10), os vereadores da CPI do Transporte aprovaram o relatório final, mas decidiram manter sigilo total sobre o conteúdo até a leitura oficial. Pelo acordo, apenas a relatora Ana Portela (PL) falará com a imprensa, e mesmo assim somente na sessão que ainda será marcada, reforçando o clima de mistério em torno do documento. A expectativa é que nesta quinta-feira (11) seja divulgado o dia e a forma da coletiva em que o relatório será apresentado publicamente.
Pãozinho nosso de cada dia – O relatório Education at a Glance 2025 saiu nesta terça (9) e trouxe um número indigesto: o Brasil gasta menos de um terço do que os países ricos destinam para cada aluno da educação básica. Enquanto a média da OCDE é de US$ 12,4 mil por estudante, aqui são apenas US$ 3,8 mil. Resultado: ficamos no quarto pior lugar da lista, à frente apenas de Turquia, África do Sul e México.