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Na véspera da eleição, Câmara enche, mas sessão é rápida

Waldemar Gonçalves | 28/09/2016 06:00

Assíduos – A cinco dias das eleições, os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande têm comparecido aos trabalhos. A sessão ordinária de ontem, apesar de começar com apenas quatro parlamentares em plenário, com o passar do tempo ganhou volume, tendo ao menos 20 dos 29 presentes durante a penúltima sessão antes do pleito.

Falantes – Por outro lado, neste período eleitoral as sessões têm sido marcadas pela tranquilidade e rapidez, com poucos usando a palavra. Nesta terça, porém, houve bastante movimentação e argumentações durante as indicações.

Vazou no WhatsApp – O mais falante de todos foi o vereador Roberto Durães (PSC), que usou diversas vezes o microfone. Em uma delas, questionou os “movimentos LGBT” e as “minorias”, que não se posicionaram nem compareceram no parlamento por causa de um áudio vazado de uma “colega vereadora”, em que ela se refere a um dos candidatos a prefeito de forma nada lisonjeira.

Defesa – Durães disse que não tinha “procuração” para defender o candidato, mas que era “um desrespeito a um pai de família” ser tratado de tal forma. A revolta do vereador se dava pelo fato de a “colega” – Luiza Ribeiro (PPS) – agir em defesa do “movimento LGBT” em diversas ocasiões no plenário e usar um termo ofensivo, geralmente utilizado contra integrantes dessa minoria, para se referir ao candidato no áudio vazado.

Extrapolou – Durante sua fala, Durães repetiu diversas vezes a ofensa usada no áudio – e que, por respeito ao candidato, não será reproduzida nesta coluna. Tanto que, depois, o presidente da casa, vereador João Rocha (PSDB), disse que o parlamentar havia “extrapolado” ao usar o termo e solicitou que o mesmo fosse retirado da ata da sessão.

Ignorou – Luiza só chegou ao plenário alguns minutos depois dos discursos de Durães. Não fez qualquer comentário a respeito das declarações do colega.

Cidade iluminada – Outro tema bastante abordado na sessão de ontem foi a implantação de lâmpadas de LED na iluminação pública da Capital. Quem levantou o assunto foi o vereador Paulo Siufi (PMDB), que defendeu os colegas de parlamento ao ressaltar que, segundo ele, não são contra a troca das luminárias, mas sim do modo como todo processo para a mudança foi feito, através de uma licitação de “carona” e irregular aos olhos do Tribunal de Contas do Estado.

Voz solitária – Após Siufi, uma série de vereadores seguiu na mesma linha e criticou a Prefeitura por causa do dinheiro gasto com as lâmpadas de LED. A única que se levantou para defender o prefeito foi a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que criticou os colegas pelo mau julgamento das ações de Alcides Bernal (PP) e que estes não agiam da mesma forma quando Gilmar Olarte (PROS) era chefe do Executivo.

Justificativa – Assim que a parlamentar terminou, João Rocha fez questão de defender os colegas ao dizer que as críticas se davam pela “legalidade” e “temporalidade” das ações do prefeito. Legalidade por causa dos questionamentos do TCE. Temporalidade devido aos melhoramentos na iluminação pública serem realizados em período eleitoral.

Após as eleições – Ao serem questionados sobre as ações da Câmara Municipal em relação a alguns temas, como a CPI da Vacina e a realização de concurso público na casa, as respostas têm, pelo menos, uma constante. “Após as eleições” as providências serão tomadas.

(com Richelieu de Carlo)

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