Iphan tem projeto de educação patrimonial, mas escolas não aproveitam
Palavras cruzadas, jogos da memória, livros que explicam sobre a nobre arte da viola de cocho...Tudo faz parte de uma ação de educação patrimonial que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural) de Mato Grosso do Sul mantém em Campo Grande. Apesar de não ter espaço na sede para algo mais abrangente, o órgão oferece suporte para escolas, porém, é pouco requisitado.
“No ano passado chegamos a atender três universidades, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a Uniderp e a Unigran, além de mais duas escolas de Bonito. Nós conversamos com os alunos, temos uma palestra, mas o espaço físico é pequeno. Infelizmente não temos uma Casa do Patrimônio, apesar do projeto já existir”, afirma João Santos, chefe da divisão técnica do Iphan.
De acordo com o João, o projeto ainda está em fase de autorização pelo Iphan federal, mas seria localizado, provavelmente revitalizado no Complexo Ferroviário de Campo Grande, que é tombado pelo órgão como Patrimônio Material desde 2009.
“Nesse local teríamos espaço para atender os alunos, expor documentos e outras atividades de educação patrimônial. Constaria um anfiteatro também. Atualmente, nós usamos o gabinete do prefeito para fazer as palestras e exibir o vídeo institucional do Iphan”, diz.
Os kits educacionais, no entanto, ainda estão a disposição de escolas da Capital. “Se a escola pedir nós visitamos a instituição, fazemos uma palestra, distribuímos o material. Não temos muita procura atualmente, mesmo assim enviamos algum material para as escolas”, ressalta.
Em Corumbá, município com grandes prédios históricos, ainda há uma educação patrimonial mais forte, com inclusive um Cine Clube. “Eles tem um espaço que serve como anfiteatro que possibilita mais atividades”, frisa.
As escolas ou pessoas que tiverem interesse em aprender mais sobre a história patrimonial de Campo Grande podem entrar em contato com o Iphan, no telefone (67) 3382-5921.