Depois de ter pé amputado e furtado, estátua de Manoel enfim ganha câmera
Depois de ter o pé amputado e furtado, só agora que Manoel de Barros terá vigilância, que sempre foi um pedido sugerido pelo criador da obra, Ique Woitdchach. A imagem que abre esta reportagem é do ângulo da fiscalização. Uma das câmeras de vigilância da Avenida Afonso Pena foi direcionada para o local.
O sistema de monitoramento naquela região já existe desde 2015 e é policiado pela Guarda Civil Metropolitana. A câmera não fica paralisada em apenas um ângulo, mas segue girando a cada 30 segundos.
Presidente da Fundação de Cultura do Estado, Gustavo Castelo, mais conhecido como Cegonha, explica que não é muito, mas já garante visibilidade do espaço, e relembra que vandalizar patrimônio público, além de falta de educação é crime.
Na manhã do dia 19 de abril, a cidade acordou sem o pé esquerdo de Manoel, o que não foi surpresa para o escultor que entregou a estátua em dezembro de 2017 para o canteiro da Avenida Afonso Pena.
Ique chegou a comentar logo após a repercussão do vandalismo que já havia sinalizado o poder público sobre a necessidade de instalar câmeras de segurança e iluminar melhor a área.
O circuito de monitoramento não conseguiu trazer nenhuma imagem suspeita da ação.
No último dia 8 de junho, o artista esteve em Campo Grande para vistoriar a estátua e começar o estudo em cima da restauração. Ainda não há previsão de entrega do pé de Manoel, isso porque Ique vai precisar refazer a modelagem e a fundição no Rio de Janeiro, estado onde vive.
A Fundação de Cultura também afirmou que vai realizar mudanças no espaço, para deixar o “jardim do Manoel” ainda mais atrativo e seguro, mas não detalhou o projeto.
Pesando 400 quilos, a escultura em bronze foi montada em dezembro de 2017 como forma dos campo-grandenses homenagearem os 101 anos de nascimento do poeta e foi alvo de polêmicas acerca do espaço que ocuparia.
O local onde a estátua está foi uma escolha do próprio escultor para que Manoel estivesse no próprio quintal, rodeado das plantas que gostava e que tinha por perto quando vivo, e no Centro da cidade, uma forma de deixar a figura do poeta acessível para a maioria da população.
