Morre escritor Dalton Trevisan, o “Vampiro de Curitiba”, aos 99 anos
Dalton é um dos maiores contistas da literatura brasileira
O escritor Dalton Trevisan faleceu nesta segunda-feira (9), aos 99 anos, em Curitiba, cidade que sempre foi o centro de sua vida e de sua obra. Avesso a entrevistas e recluso ao longo de toda sua carreira, Dalton construiu uma imagem misteriosa que se entrelaça com sua literatura. A causa da morte não foi revelada.
Conhecido como o “Vampiro de Curitiba”, apelido que veio de uma de suas obras mais icônicas, lançada em 1965, Dalton foi um mestre do conto, explorando as complexidades da alma humana em textos concisos e impactantes. Seu estilo minimalista e sua habilidade de retratar os dramas do cotidiano o tornaram um dos maiores contistas da literatura brasileira.
Dalton viveu quase toda sua vida em Curitiba, onde morava em uma casa no bairro Alto da Glória, que chegou a se tornar ponto turístico para fãs de literatura. Em 2021, por questões de saúde e segurança, mudou-se para um apartamento no Centro da cidade. Sua reclusão, marcada pela ausência de entrevistas e aparições públicas, reforçou o mistério em torno de sua figura e ajudou a consolidar sua aura literária única.
A carreira de Trevisan começou com Sonata ao Luar, mas foi com 'Novelas nada exemplares' que ele ganhou destaque nacional. Entre suas obras mais conhecidas estão O Vampiro de Curitiba, A Guerra Conjugal, A Polaquinha, Ah, é?, Arara Bêbada, 111 Ais, Pico na Veia e O Anão e a Ninfeta.
Dalton Trevisan foi laureado com prêmios importantes, como o Jabuti e o Camões. Suas histórias, muitas vezes ambientadas em Curitiba, capturam a essência da vida urbana, com personagens que transitam entre o trágico e o poético.
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