Casamento tem lava-pés, bolo estilo anos 90 e carro de aventura
Natiely e Fabiano fugiram do tradicional e se casaram com estilo próprio, sopa paraguaia e chamamé

Fugindo das cerimônias tradicionais, Natiely Miranda Moraes, de 33 anos, e Fabiano Dotto, de 40, escolheram um casamento simples e cheio de simbolismos. Entre os momentos marcantes estiveram o lava-pés, a entrada dos cachorros do casal, o veículo esportivo de trilha e até os noivos descalços, ao som de chamamé, vaneirão e com sopa paraguaia no cardápio
RESUMO
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Em uma cerimônia não convencional, Natiely Miranda Moraes, 33 anos, e Fabiano Dotto, 40, celebraram seu casamento em estilo comunitário, resgatando suas raízes culturais. A festa, que durou 15 horas, incluiu elementos únicos como entrada dos noivos descalços, lava-pés e a participação de seus cachorros. O evento mesclou tradições familiares, com sopa paraguaia da família da noiva e café colonial com especialidades italianas da família do noivo. A decoração contou com flores artesanais, máquinas de escrever antigas e uma atmosfera intimista, sem internet disponível, para que os convidados vivenciassem plenamente o momento.
O casal fez da festa, que durou 15 horas, um dia para relembrar a história do relacionamento de 8 anos. Ali, cada detalhe tinha significado. Na hora da festa, nada de exageros. A inspiração foi nas comemorações de antigamente: mesa coletiva, bolo quadrado branco típico dos anos 1990 e, além da sopa, tradição da família da noiva que nasceu em Ponta Porã, também teve churrasco.
Segundo Natiely, o tempo de festa foi estendido para que todos curtissem sem pressa, inclusive os próprios noivos. Fugindo do tradicional, eles serviram até café colonial para quem ficou por mais tempo. No cardápio estavam comidas como cuca italiana, salame, chimia e queijo artesanal, que são costumes da família do noivo, que é paranaense.

“Quando decidimos fazer a festa, tinha que ser algo que fosse da nossa essência e então nos inspiramos nas festas de antigamente. Escolhemos uma atmosfera comunitária, com mesa coletiva. Nosso desejo é que cada um pudesse viver momentos tão especiais quanto os que marcaram a nossa história. Nós queríamos colocar nossa essência mais aventureira na entrada, por isso o carro esportivo", conta Natiely.
Quase tudo teve dedo de alguém da família ou dos amigos: a irmã fez flores gigantes para a decoração e usou margaridas que lembravam a avó materna da noiva, e até as cadelas Tigresa e Pantera entraram com eles.
Apaixonado por máquinas de escrever, Fabiano levou ao local as quatro que tem. O motivo: o pedido de namoro foi realizado em uma delas. Para quebrar ainda mais o padrão, quem pediu em casamento foi Natiely.
“Foi uma forma de homenagear minha avó materna. Escolhi entrar na igreja com uma margarida na mão, mas também tinha algumas margaridas decorando as mesas em lembrança, pois ela tinha no quintal de casa e eu vivia brincando de ‘mal me quer, bem me quer’ com elas. Escolhemos esse tempo maior de cerimônia para criar um ambiente sem pressa, de conexão verdadeira entre as pessoas.”

De acordo com a noiva, o ato de lavar os pés é um gesto que demonstra igualdade e humanidade entre a relação dos dois. O casal também entrou descalço no altar e só colocou os sapatos após o “sim”, o que, segundo a noiva, retrata o significado de “calçar novos sapatos” pela nova vida.
Tudo na história deles é fora do esperado. Foi a maquiadora e esteticista quem convidou Fabiano para sair. A atitude foi uma surpresa para ele. A futura namorada chegou em um carro antigo e levou o professor universitário para uma sorveteria.
“O nosso primeiro encontro foi um pouco inusitado. Ele não imaginava nem esperava que eu aparecesse lá com um Omega de 1996 e que fôssemos a uma sorveteria. Além desse cenário inicial, ele achou exótico meu pedido de sorvete, chocomenta, enquanto o dele era algo com morango.” Depois desse encontro, os próximos foram em cafés, um dos lugares favoritos de Fabiano. Os primeiros passos do relacionamento ocorreram nessas ocasiões.
O simbolismo estava em todos os lugares durante a festa, até nas canecas de presente para os convidados, que tinham uma raposa e um guaxinim. Os animais representam os dois.

“A pista de dança foi realmente muito especial porque, além da trilha sonora musical que escolhemos com a banda -regado a chamamé, vanerão e polca paraguaia, homenageando as nossas raízes culturais e familiares - toda a estrutura de áudio e visual foi montada carinhosamente pelo meu pai, Leonardo Amaral. Ver ele preparar um dos dias mais importantes da minha vida foi uma emoção única.”
A festa contou com drink autoral chamado “Belíssima Martini”, inspirado no carinho que Natiely tem pelas clientes.
“O nosso casamento foi feito para ser um encontro verdadeiro. Não tinha internet disponível; os convidados foram convidados a viver o momento plenamente.” A noiva não poupa elogios ao marido e comenta que Fabiano é um misto de clássico e contemporâneo e transita entre o universo geek e o fascínio pelo antigo.
“Ele é criativo e inovador e já se aventurou na escrita e no desenho — ambos muito bons —, o que revela uma veia artística. Ele é o tipo de homem que valoriza tanto a originalidade quanto aquilo que resiste ao tempo, como máquinas colecionáveis, carros clássicos, filmes de época e animes.”

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