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Comportamento

Há 10 anos, Páscoa é 2ª data para casal investir pesado em outro clima na casa

Famosos pelos enfeites na fachada, quem passa pela rua se encanta pela riqueza de detalhes da decoração feita duas vezes ao ano.

Kimberly Teodoro | 31/03/2019 07:33
Há 10 anos Elizabeth e Júlio trazem a magia das datas comemorativas para o bairro (Foto: Kísie Ainoã)
Há 10 anos Elizabeth e Júlio trazem a magia das datas comemorativas para o bairro (Foto: Kísie Ainoã)

Há dez anos as paredes amarelas com acabamento em alto-relevo feito para simular as construções de madeira típica do sul da Flórida da casa colonial americana no Santo Amaro, ganham cores e vida ao menos duas vezes por ano com decoração de Natal e Páscoa. Os enfeites que trazem a magia das datas comemorativas para o bairro já são tradição que os moradores esperam ansiosamente todos os anos.

No Natal de 2013, Elizabeth Grisolia, de 68 anos, e Júlio César Diniz, de 61, abriram as portas da casa pela primeira vez para o Lado B. De lá para cá, a sensação aconchegante de boas vindas, misturada ao encanto de cada detalhe feita com muita dedicação causa, ainda é a mesma.

Casados há 34 anos, Júlio é arquiteto e Elizabeth sempre gostou de decoração, juntos os dois estão sempre mudando as coisas de lugar na casa, que desde a última visita da reportagem já ganhou uma casinha de madeira, que serve de morada para as decorações de natal, lareira e uma “bay window”, janela que se projeta para fora da casa, com vidros amplos para aumentar a circulação de ar na casa durante o verão e absorver a luz do sol de inverno. Tudo em perfeita harmonia com a fachada inspirada em casas coloniais americanas.

Pendurados na varanda, em cima da namoradeira ou nos cantos do jardim, os coelhos trazem o espírito da páscoa (Foto: Kísie Ainoã)
Pendurados na varanda, em cima da namoradeira ou nos cantos do jardim, os coelhos trazem o espírito da páscoa (Foto: Kísie Ainoã)
Durante o dia quando o casal saí, os coelhos são recolhidos e voltam a ser expostos assim que os dois voltam para casa (Foto: Paulo Francis)
Durante o dia quando o casal saí, os coelhos são recolhidos e voltam a ser expostos assim que os dois voltam para casa (Foto: Paulo Francis)

Encontrar os enfeites é quase um ritual próprio, sempre de olho nas vitrines das lojas de decoração local. Elizabeth já perdeu as contas de quanto dinheiro já investiu para enfeitar a casa, mas revela nunca ter encomendado nada, compra aos poucos os bichinhos de pelúcia, bibelôs, laços de cetim e ovinhos coloridos que compõem o cenário. “As cenouras de feltro, eu mesma faço, também bordo quadros em ponto cruz para as datas comemorativas. Agora estou aprendendo a fazer amigurume, aqueles bichinhos de crochê, e já quero fazer os coelhinhos para enfeitar por aqui”, revela.

Quando o casal chegou no bairro em 1991, a casa comum passava despercebida aos olhos de quem ia e vinha pela rua. Todo o projeto de ampliação e revitalização da fachada é feita por Júlio, que aos longo dos anos trouxe um pedacinho do estilo de vida americano para o Santo Antônio. “Como arquiteto, a gente viaja muito e estuda muitas referências. Essa bay window, eu fiz para ela, pensando no inverno, quando os dias são mais cinzas e o sol se põe para o hemisfério norte a luz entra pelas janelas e ilumina toda a sala, ela pode sentar no sofá e aproveitar os raios entrando pelo vidro”, explica. Júlio também fez questão de cuidar de cada detalhe, as dobradiças e maçanetas são quase todas douradas, em contraste com o reboco branco, um acabamento tão perfeito que quem olha nem imagina que a casa não é feita de madeira.

A guirlanda dá as boas vindas aos visitantes, feita de tecido, fitas e flores artificiais (Foto: Paulo Francis)
A guirlanda dá as boas vindas aos visitantes, feita de tecido, fitas e flores artificiais (Foto: Paulo Francis)

É enfeitando a casa que Elizabeth faz da vida mais doce, afastando da própria vida a depressão, um fantasma com quem convive, sem nunca se deixar render. Para ela, cada data especial é um retorno aos dias inocentes da infância, quando aprendeu com a mãe a manter as tradições de cada comemoração em família. “Eu me lembro sempre da festividade que a minha mãe nos proporcionava, meu pai também sempre ajudou. Reuníamos toda a família na sala para pintar as cascas de ovos e queríamos preservar essa tradição que hoje já não existe”, relembra.

“Você viu os laços que a Beth colocou? A guirlanda também é de tecido, você conseguiu ver os detalhes?” pergunta Júlio, fazendo pausas durante toda a conversa para mostrar com orgulho o cuidado da esposa com cada canto da casa. “Não fazemos isso para aparecer, as pessoas chegam até aqui porque elas nunca viram algo assim e ficamos felizes em manter viva a alegria das datas comemorativas”.

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O passar dos anos não diminuiu o amor do casal por enfeitar a casa (Foto: Paulo Francis)
O passar dos anos não diminuiu o amor do casal por enfeitar a casa (Foto: Paulo Francis)

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