Não pode stories? Influencer reclama e abre debate sobre privacidade
Vídeo publicado por maquiadora em espaço gastronômico ultrapassa 187 mil visualizações e 21 mil curtidas
Na noite de quarta-feira (2), publicação de uma influencer de Campo Grande virou assunto nas redes sociais. No vídeo, a maquiadora Amanda Makes diz ter sido impedida de gravar stories no espaço gastronômico Jardim Central. Por sua vez, o estabelecimento alega que a situação foi um grande mal entendido, no entanto, confirma a proibição do uso do espaço para produções com fins comerciais. Segundo o proprietário, a regra existe para preservar a imagem dos clientes.
Em poucas horas, o conteúdo publicado por Amanda viralizou. Com centenas de comentários, a publicação ultrapassou 187 mil visualizações e tem mais de 21 mil curtidas. Junto com os números expressivos, levantou-se também uma polêmica que vai muito além dos portões do estabelecimento.
Em tom de desabafo, a maquiadora falou diretamente com seus seguidores.” Ô, gente. Eu vim com a minha amiga em um estabelecimento da minha cidade, estamos tomando um negócio e estávamos gravando stories de um curso que a gente vai lançar. A gente não estava gravando o local, estava gravando nosso rosto com o microfoninho aqui”, detalha.
Na sequência, ela completa o desenrolar da situação. “Estamos tomando uma bebida, a gente não veio aqui só para abusar do local. E a gente não pode gravar stories. Fomos chamadas atenção, diz que é proibido gravar stories aqui nesse local. Tá certo isso?”, questiona. (Confira o vídeo completo no início da matéria)

Por outro lado, o proprietário do Jardim Central, Riad Razuk, afirma que a situação foi resultado de um grande mal-entendido e admite que a conversa pode ter absorvido ruídos, tanto na abordagem, quanto na compreensão da cliente.
“Foi um episódio de um mal-entendido com uma cliente que estava gravando um story com viés comercial. Foi feita uma abordagem explicando que não poderia ser produzido conteúdo comercial sem autorização, para evitar a exposição indesejada de outros clientes”, afirma.
Segundo ele, a regra foi criada a partir de reclamações anteriores, onde clientes procuraram a administração para relatar incômodo com produções de vídeos considerados invasivos.
“Jamais a gente proíbe stories pessoais. O problema é que já tivemos pessoas que chegaram com equipamentos profissionais e até araras de roupas fazendo fotos por todo o espaço. Já teve caso de cliente espirrando perfume na área coletiva e isso atrapalha a experiência das outras pessoas. Para evitar incômodos, estabelecemos essa regra ”, relatou.
Ainda de acordo com Riad, houve contato direto com Amanda e sua amiga para esclarecer a situação. “A gente entrou em contato e elas foram muito queridas. Entenderam nosso ponto de vista e ficou tudo resolvido”, afirmou.
Apesar da situação solucionada, o caso gerou opiniões variadas, que incluem debates sobre liberdade de expressão, direito à imagem e os limites do uso de celulares em espaços públicos e privados.
Em um cenário onde cada vez mais se alimenta o desejo de “compartilhar tudo” e expor situações corriqueiras nas redes sociais, a realidade acaba esbarrando no direito de outras pessoas à privacidade, um tema cada vez mais delicado no Brasil, onde celulares e redes sociais se tornaram praticamente extensões do corpo.
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