Onças, tuiuiús e araras: Pantanal é arte nas mãos de artesãos regionais
Produções artesanais movem a economia criativa, além de movimentar feiras culturais nos municípios
Se por um lado tememos notícias sobre incêndios que acontecem no Pantanal pela ação humana, por outro, temos em Mato Grosso do Sul artistas apaixonados, dedicados a retratar o bioma em suas criações e estimular a preservação através da arte. Pelas mãos de vários deles, onças, tuiuiús e araras viram inspirações desde acessórios a itens de decoração.
Seja em Campo Grande ou no interior do Estado, a produção desses itens move a economia criativa, além de movimentar feiras culturais nos municípios, que recebem os artesãos para exporem suas criações. Por isso, o Lado B trouxe alguns artistas, para te ajudar a conhecer os artesãos locais.
Cores, fios e madeira de ipê são transformados em acessórios que se conectam ao Pantanal pelas mãos da professora e artesã Marilizi Duarte, da loja Cores e Formas Bonito.
Direto do município considerado um dos principais destinos do ecoturismo de Mato Grosso do Sul, por lá ela produz maxi colares, chapéus de palha adornados com uma faixa de macramê em diversas cores, faixas de cabelo e os brincos pequi, que receberam esse nome porque são inspirados em sementinhas de pequi.
Sua coleção mais recente, chamada "Serra da Bodoquena", traz pingentes produzidos com madeira de descarte ou galhos secos já quebrados de árvores de Bonito. As peças são feitas cortando a madeira na forma desejada, e depois elas são hidratadas com óleo de coco e impermeabilizadas com cera de abelha. Os detalhes em macramê ao longo do colar terminam de adornar a peça. Para conhecer o trabalho da artesã, basta acessar o perfil @cores_e_formas_bonito.
Com madeira e cascas, Hermínia Nunes faz acessórios para criar produtos que conectam o ser humano com a natureza. De colares de mesa a chapéus, suas peças são inspiradas no Pantanal sul-mato-grossense, e confeccionadas utilizando elementos da natureza.
Os chapéus de palha são feitos aplicando a técnica de decoupage com estampa de animais da fauna pantaneira, como a arara-canindé, arara-vermelha, arara-azul, tucano e a onça-pintada. Quem quiser conhecer o trabalho de Hermínia, basta acessar o perfil do Instagram @artesanandoms.
Na Feira Central de Campo Grande, o box 69 guarda peças confeccionadas com uma riqueza de detalhes e cores que retratam a beleza do Pantanal sul-mato-grossense, além de contemplar a fauna e flora abundante na Capital. O trabalho fica por conta das mãos dos artesãos Carla Spadoni, de 48 anos, e seu esposo, André Ojeda, de 42 anos.
Inspirada pelos biomas regionais, Carla utiliza cerâmica, sementes de árvores nativas, MDF e biscuit para confeccionar biojoias, lembrancinhas, xícaras, copos, terços pantaneiros, pingentes, chaveiros e diversos outros souvenires. Já André é responsável por criar as esculturas de onças, araras, tucanos, dentre outros animais. Para conhecer o trabalho do casal, basta acessar o Instagram @spadoniartesanatos.
Na Casa do Artesão, em Campo Grande, também é possível conferir uma variedade de artistas talentosos. A ceramista Elizabeth Marques, apaixonada pela modelagem em cerâmica, busca a sua inspiração na fauna e flora do Pantanal. Com mais de 45 anos de experiência, ela produz obras singulares, que trazem elementos como a onça e a arara.
Já a artesã Cláudia Castelão, utiliza uma técnica exclusiva de laminação em madeira, com reaproveitamento e sustentabilidade. O mestre artesão Cleber Ferreira de Brito, especializado em esculturas de onças-pintadas, destaca que seu material principal é a argila, e as esculturas são baseadas nos movimentos das onças na natureza.
Outras artistas da Casa são a artesã Jaciara Almeida Palermo, que trabalha com materiais diversos como biscuit, cerâmica, madeira, licores e palha, e a Leslie Bassi, artesã há mais de duas décadas, e utiliza argila de Rio Verde para criar bonecas e vasos que celebram a cultura indígena.
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