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Diversão

Com muitos gritos, Festival do Chamamé mostra a verdadeira emoção sapucay

Primeira edição da festa em Porto Murtinho começou nesta sexta-feira com união de povos latinos

Gabriela Couto | 12/11/2022 12:28
Grupos de dança fizeram apresentações ao som do ritmo que dá nome ao festival. (Foto: Chico Ribeiro)
Grupos de dança fizeram apresentações ao som do ritmo que dá nome ao festival. (Foto: Chico Ribeiro)

Brasileiros, paraguaios e argentinos se unem desde esta sexta-feira (11) para o 1º Festival Internacional do Chamamé. O evento que celebra a cultura da fronteira acontece na Praça de Eventos de Porto Murtinho, a 439 km de Campo Grande. Na primeira noite de festa já foi possível ver o sucesso do evento com a participação da população.

O clima latino aflorou em todos que participaram dançando ao som do ritmo, com muitos gritos, que saiam naturalmente como parte da tradição. Eles são conhecidos como sapucay, que na língua tupi usada pelos indígenas das tribos guaranis que moravam na fronteira significava grito de emoção. Uma forma do externar o sentimento de dentro para fora.

Apresentações tradicionais fizeram parte da primeira noite de festa. (Foto: Chico Ribeiro)
Apresentações tradicionais fizeram parte da primeira noite de festa. (Foto: Chico Ribeiro)

Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o evento deve ser mantido nos próximos anos como já acontece com os festivais América do Sul, em Corumbá, e o de Inverno, de Bonito. “Vamos transformar esse festival em mais uma atração turística e cultural que, com certeza, vai se repetir nos próximos anos.”

O prefeito Nelson Cintra (PSDB) fez uma saudação especial aos participantes do festival e ao público presente à Praça de Eventos José Barbosa de Souza Coelho, reafirmando sua convicção de que o evento vai perdurar na gestão do governador eleito Eduardo Riedel.

“Estamos muito felizes por reunir os irmãos paraguaios e argentinos nesse congraçamento de cultura, turismo e desenvolvimento, onde a nossa Murtinho se destaca como portal da Rota Bioceânica”, disse.

Músico Fábio Kaida e sua arpa marcaram a noite de celebração de cultura e tradição. (Foto: Chico Ribeiro)
Músico Fábio Kaida e sua arpa marcaram a noite de celebração de cultura e tradição. (Foto: Chico Ribeiro)

História – O chamamé chegou ao sul do então Mato Grosso trazido pelas águas dos rios da Prata e do Paraguai, sem limites territoriais, e incorporou-se às manifestações culturais dos sul-mato-grossenses.

A chegada dos argentinos de Santa Fé à cidade, pouco antes da abertura do evento, traduziu o sentimento latino presente no local da festa. Todos se manifestaram em júbilo a cantoria que vinha do palco na passagem do som.

Grupo que toca chamamé fez apresentação para animar a festa. (Foto: Chico Ribeiro)
Grupo que toca chamamé fez apresentação para animar a festa. (Foto: Chico Ribeiro)

Realizado pela prefeitura local, o festival reúne grandes nome da música sul-americana, como o acordeonista argentino Santhyago Rios, aclamado em festivais internacionais como um dos melhores interpretes do gênero.

O evento tem o apoio do Governo do Estado e da Fundação de Cultura de MS e produção do Instituto Cultural Chamamé MS. Extensa programação segue até segunda-feira (11) com shows, bailes, seminário e oficinas de dança e artesanato.

Várias apresentações marcaram a primeira noite do Festival Internacional do Chamamé. (Foto: Chico Ribeiro)
Várias apresentações marcaram a primeira noite do Festival Internacional do Chamamé. (Foto: Chico Ribeiro)


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