Espetáculo “Ponto de Partida” retorna a Campo Grande com duas sessões

Depois de emocionar plateias em Salvador e Campo Grande no início de 2025, o espetáculo “Ponto de Partida”, do Circo do Mato - Grupo de Artes Cênicas, volta ao palco da capital sul-mato-grossense nesta semana. As sessões serão realizadas na sexta-feira, 1º de agosto, e no domingo (3), às 19h, na sede do grupo (Rua Tonico de Carvalho, 263 – bairro Amambaí). Com entrada gratuita e classificação de 12 anos. A reserva de ingressos pelo Sympla.
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Com duração de 60 minutos, o espetáculo é dirigido pelo diretor, baiano, João Lima, com texto de Breno Moroni e atuação do artista Mauro Guimarães. “Ponto de Partida” mergulha na história de um palhaço idoso, vindo de uma linhagem tradicional circense, que aguarda por uma última apresentação, que talvez nunca aconteça. Um enredo que convida o espectador a refletir sobre o tempo, a memória, os afetos e o próprio sentido de "chegar a algum lugar".
“É a história de um fim que também pode ser começo. Esse palhaço representa todos nós que, em algum momento, esperamos algo ou alguém que talvez nunca venha. É sobre o tempo, sobre o que nos move e sobre o que fica”, explica o diretor João Lima.
Para o ator Mauro Guimarães, que dá vida a personagem e assina sua primeira atuação solo, o espetáculo é um marco na trajetória do Circo do Mato. “Já fizemos espetáculos com muitos atores e atrizes, mas esse solo é especial. Ele exige do intérprete, e também do público, uma escuta mais atenta, mais íntima. É também a primeira vez que meu palhaço fala em cena. E isso muda tudo.”
A dramaturgia de Breno Moroni, palhaço e ator com mais de 40 anos de carreira, presta homenagem aos palhaços tradicionais brasileiros, como Carequinha e Picolino, e propõe uma ponte entre gerações, estilos e regiões.
A trama do espetáculo traz à luz a passagem do tempo na vida do artista e, também, do cidadão em geral. “Esse trabalho fala muito sobre o ‘eu’ artista que envelhece, que acumula histórias no corpo, no silêncio e no olhar. E isso não é sobre decadência, é sobre potência. A maturidade traz camadas que só o tempo oferece e o tempo é generoso com quem aceita dançar com ele”, pontua Breno que chama atenção para o contexto social mais amplo.
“Vivemos hoje uma mudança demográfica profunda. A sociedade brasileira está envelhecendo e isso exige novos olhares, mais sensíveis, mais empáticos. ‘Ponto de Partida’ é uma tentativa de dar voz a esse humano que continua sonhando, sentindo e se movendo mesmo quando tudo parece dizer o contrário”, diz o dramaturgo.
Além do enredo tocante, a produção conta com intérprete de Libras. A montagem foi realizada com financiamento da Funarte (Fundação Nacional das Artes), do MinC - Ministério da Cultura, Governo Federal, e apoio de diversas instituições públicas e privadas, como a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Setesc, Governo de MS, Teatral Grupo de Risco e Marco500.