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Diversão

Veteranas no Carnaval, mães dão dicas para curtir folia com filhos na Esplanada

Ninguém precisa ficar em casa só porque há crianças; Que tal fazer um check-list e cair na avenida?

Thailla Torres | 02/03/2019 07:16
Raquel, mãe de duas meninas, não abre mão do bloco de rua com as crianças. (Foto: Vaca Azul)
Raquel, mãe de duas meninas, não abre mão do bloco de rua com as crianças. (Foto: Vaca Azul)

Não é difícil encontrar famílias que deixem de curtir a folia por causa dos filhos, muitos se preocupam com o intenso número de foliões que aumenta a cada ano. Preocupação importante, mas que não impede de levar os pequenos na festa mais popular e animada do ano.

Veteranas de Carnaval na Esplanada, lugar por onde passam os principais blocos de rua como Cordão Valu e Capivara Blasé, as mamães contam ao Lado B e a experiência de levar às crianças para as matinês, claro, com dicas de cuidados e até o momento certo para ir embora.

Mãe de duas filhas, a comerciária Raquel dos Santos Cabral, de 33 anos, frequenta os blocos de rua há cerca de 10 anos. Quando nasceu a primeira filha, a dúvida: levar ou não uma criança ao Carnaval? Foi observando detalhadamente o movimento dos blocos que Raquel encontrou respostas. “Sempre foram experiências positivas, com a mesma organização e alegria que venho acompanhando nos últimos anos”.

Mayara já curtiu três Carnavais na Esplanada com o filho. (Foto: Arquivo Pessoal)
Mayara já curtiu três Carnavais na Esplanada com o filho. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas diferente do adulto que só escolhe a fantasia e a disposição, no lugar das crianças as mamães preparam um verdadeiro check list para segurança e garantia de felicidade. O primeiro passo é descobrir o horário. Conforme as veteranas, o melhor momento ainda é durante o dia, assim que escurece é hora de ir para casa. “Eu prefiro o horário da tarde, sempre entre 15h e 18h”, explica Raquel.

Em ritmo de verão, normalmente, as crianças enfrentam ao lado do pais um calor intenso, o que exige maiores cuidados. “Como normalmente as matinês ocorrem a tarde, a hidratação e o protetor solar já são itens que não podem faltar. Mas é legal ressaltar a importância de cuidados com a exposição térmica na cabecinha dos pequenos, já que quase não há sombra. Abusar de adereços que ajudem a proteger a cabeça é uma dica”.

Mas com instabilidade nos últimos dias, a chuva preocupa. “Ora faz sol forte, ora chove. Seria interessante os blocos pensarem em espaços como tendas, por exemplo, para acolher os pequenos em caso de chuva”.

Ver os filhos brincarem livremente também é uma alegria, mas é preciso cuidado com o movimento. “Outra dica muito importante e que poucos pais se lembram, é de usar pulseiras de identificação nas crianças, isso facilita bastante caso alguém se perca”, diz.

A servidora Mauriana de Souza Vargas, de 31 anos, é mãe da Agatha, de 8 anos, e do Arthur, de 5. Desde 2017 a família curte o Carnaval na Esplanada sem medo. Com roupas leves, protetor solar e muita água, a mãe ainda incrementa a mochila com lanchinhos e roupas extras.

Agatha, filha de Mauriana com a diretora do Capivara Blasé. (Foto: Arquivo Pessoal)
Agatha, filha de Mauriana com a diretora do Capivara Blasé. (Foto: Arquivo Pessoal)

 “Lá sempre estão vendendo, mas nem todos os pais tem dinheiro sobrando. Quanto a roupa, mesmo que não esteja previsto chuva no dia, é bom carregar uma roupa e guarda-chuva para que as crianças não fiquem muito tempo molhadas”.

Para a servidora, a experiência é positiva e prova que a folia é para todos. “Acho muito divertido e interessante poder pular Carnaval com meus filhos. Principalmente por muita gente achar que depois que se tem filhos a gente deixa de aproveitar algumas coisas”.

Este ano a jornalista Mayara Martins estará ausente da folia, a filha caçula nasceu e está com 8 meses. Mas o filho Marco Antônio sempre acompanhou os pais desde o primeiro aninho de vida. Nascida em fevereiro, Mayara sempre amou o Carnaval e também não teve dúvidas em curtir a folia ao lado do primeiro filho. “Quando ele fez um ano, me empolguei e fiz a fantasia para ele curtir o Carnaval de rua. No segundo ano foram várias fantasias porque fizemos uma programação intensa de festas”.

Não só pela diversão, participar do Carnaval ao lado do filho ganhou um novo sentido. “Nós geramos no Marco Antônio um amor pela música, pelo trio e as pessoas. E sempre foi gostoso, eu super recomendo e acho válido para os pais que gostam”.

A empresária Mariana Estrada Coelho, de 34 anos, mãe da Ana Luiza, de 10, todo ano vai em pelo menos dois blocos de rua com a filha. Sua maior preocupação é com o horário, sugere. “Só fico até escurecer. Depois desse horário acho que não é lugar adequado para crianças”.

E foi a filha que ensinou Mariana a curtir a folia. “Ela ama, eu não era muito fã de folia antes dela. Mas a partir dos pedidos comecei a ir, ajudá-la na escolha da fantasia e toda a preparação, foi assim que passei a me divertir muito”.

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